Complicações agudas em hemodiálise: o que você precisa saber?

Complicações agudas em hemodiálise

As complicações agudas em hemodiálise estão entre os principais desafios das clínicas e hospitais que prestam serviço de diálise, sendo também uma grande preocupação dos pacientes renais. 

A insuficiência renal crônica (IRC) é o estágio mais avançado da doença renal crônica, em que o paciente precisa se submeter à hemodiálise que, geralmente, deve ser realizada de três a quatro vezes por semana.  

Apesar de fundamental para a saúde do portador da IRC, ele acaba ficando exposto a complicações que podem, muitas vezes, colocar a vida dele em risco, caso não haja um atendimento eficiente e correto. 

Desse modo, apesar de a hemodiálise ser um tratamento vital para pacientes com IRC, como todo procedimento médico, tem os seus riscos. 

Neste artigo, iremos mostrar quais são as principais complicações agudas em hemodiálise, quais os tratamentos indicados e os cuidados que as unidades de saúde devem tomar.  

Complicações agudas em hemodiálise: tudo que você precisa saber para evitar riscos 

Quais são as complicações agudas em hemodiálise, por que elas ocorrem e como podem ser prevenidas e tratadas? Essas são questões importantes que você, profissionais da saúde, paciente renal ou até familiares, precisam saber para ficar atentos e evitar possíveis riscos. 

Em primeiro lugar, é importante entendermos que as complicações agudas em hemodiálise são intercorrências que ocorrem de forma súbita, ou seja, durante ou imediatamente após a sessão de tratamento.  

Essas intercorrências podem variar conforme o organismo do paciente. Desse modo, elas podem ocorrer desde alterações leves, como cãibras e dores de cabeça, até quadros mais graves, como hipotensão severa e arritmias. 

No entanto, nos últimos anos houve uma grande evolução quanto à segurança e eficácia dos equipamentos de hemodiálise. Isso implica em um avanço no tratamento, que permitiu aumentar a expectativa de vida do paciente renal. 

Um artigo publicado pelo Jornal Brasileiro de Nefrologia enfatiza o que contribuiu para esse avanço no controle das complicações, afirmando que “O controle da ultrafiltração, o dialisato com bicarbonato, o desenvolvimento de membranas mais biocompatíveis, a sofisticação crescente das máquinas de hemodiálise e a aplicação de modelos de sódio variável e cinética da heparina contribuíram para esse sucesso”. 

 

complicações agudas em hemodialise

Vamos conhecer quais são essas complicações e suas causas 

A hemodiálise é uma terapia de alta complexidade, que apesar de todos os avanços nesta área, por ser realizada em pacientes críticos, o risco de intercorrências e complicações é maior.   

Então, vamos conhecer algumas das principais complicações às quais o paciente renal está exposto e para as quais os profissionais de saúde devem estar atentos. 

 

Queda da pressão arterial (hipotensão) 

A hipotensão arterial – ou queda de pressão – repentinamente durante a hemodiálise, é a forma mais frequente de complicação. 

Esse distúrbio é registrado em até 20% das sessões de hemodiálise, e segundo um artigo publicado pela Revista de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro, A hipotensão é a complicação mais recorrente e a mais grave em pacientes críticos em terapia renal substitutiva relatada na literatura”. 

Geralmente, a queda de pressão arterial durante a hemodiálise é causada por: 

  • Ultrafiltração excessiva (remoção rápida de líquido); 
  • Redução do volume plasmático; 
  • Resposta inadequada do sistema cardiovascular; 
  • Uso de medicamentos anti-hipertensivos antes da sessão. 

 

Uma das causas da hipotensão, também, é a entrada de endotoxinas na corrente sanguínea do paciente renal. 

Inclusive, se você quiser saber mais sobre a contaminação por endotoxinas, acesse o artigo Endotoxemia e o paciente renal: entenda as causas, sintomas e tratamentos. 

 

Cãibras musculares 

As cãibras musculares são as complicações mais simples e comuns, que podem ocorrer devido à grande remoção de líquido, são resultados da queda repentina da pressão arterial – hipotensão – que está associada à ultrafiltração. 

Elas podem ocorrer com mais frequência nos membros inferiores e, geralmente, na segunda metade da hemodiálise. 

Arritmia 

É uma alteração no ritmo cardíaco, em que ele pode bater rápido ou lento demais, de uma forma irregular. 

A arritmia, geralmente, está relacionada a: 

  • Desequilíbrios de potássio e cálcio; 
  • Acidose metabólica não corrigida, ou seja, um distúrbio em que ocorre um aumento na concentração de hidrogênio no sangue (ácido) e/ou uma diminuição na concentração de bicarbonato (base); 
  • Isquemia miocárdica induzida por hipotensão, que ocorre quando uma pressão arterial baixa (hipotensão) causa uma diminuição do fluxo sanguíneo para o coração (miocárdio). Esse distúrbio leva à falta de oxigênio e nutrientes e, eventualmente, a danos no músculo cardíaco. 

Os pacientes em que a arritmia pode ocorrer com mais frequência são os que apresentam acentuada hipertrofia ventricular esquerda, doença cardíaca isquêmica e doença pericárdica. 

 

Síndrome do desequilíbrio dialítico 

Complicação rara, mas grave, que ocorre em pacientes iniciando hemodiálise com alta uremia.  Outro caso em que esta complicação pode ocorrer é em pacientes de diálise em alto fluxo e alta eficiência ou diálise curta. 

Essa síndrome resulta de uma rápida remoção de ureia, causando edema cerebral, além de sintomas como cefaleia intensa, vômitos, agitação e confusão. 

Em casos mais graves, a síndrome do desequilíbrio dialítico pode levar a convulsões, coma e até à morte. 

 

Reações anafiláticas 

São reações alérgicas consideradas graves, que podem acontecer de forma repentina durante a hemodiálise. 

As reações anafiláticas podem ocorrer devido a: 

  • Contato com o capilar ou dialisador – principalmente se reutilizado – pois pode conter resíduos de substâncias como líquidos de diálise ou medicamentos usados durante a sessão. 
  • Exposição a esterilizantes e contaminantes no circuito, óxido de etileno usado na esterilização.
     

Como prevenir e controlar essas complicações na hemodiálise 

Esta é uma questão extremamente importante, para evitar que complicações e intercorrências possam causar desconforto, mal-estar ou até ocorrências mais sérias, que coloquem em risco a vida do paciente renal. 

Quanto à prevenção, o próprio paciente pode colaborar, obedecendo às recomendações médicas. Seguindo corretamente a ingestão dos medicamentos nos horários corretos, manter a dieta recomendada, tomar pouco líquido e reduzir o consumo de sal. 

Outras condutas de prevenção passam por uma avaliação criteriosa do paciente antes de cada sessão.  

Então, entre as intervenções que devem ser realizadas pelo profissional de enfermagem do setor de hemodiálise, está a verificação de peso interdialítico, dos sinais vitais e do perfil medicamentoso do paciente renal. 

Além disso, é importante ficar atento para algumas ações preventivas que são essenciais, como: 

  • Ajustar o volume de ultrafiltração conforme a tolerância do paciente; 
  • Usar soluções de diálise adequadas aos níveis de eletrólitos; 
  • Acompanhar de perto a resposta clínica durante a sessão.
     

Qual o procedimento que deve ser aplicado no caso de uma destas complicações ocorrer?  

Para cada complicação em hemodiálise, a equipe médica e de enfermagem deverá adotar um protocolo diferenciado. Vamos conferir quais são? 

Hipotensão 

No caso da hipotensão, o procedimento imediato a ser tomado será a redução ou pausa da ultrafiltração.  

O posicionamento em Trendelenburg, ou seja, uma forma de posicionar o paciente deitado de barriga para cima e a cama inclinada de forma que o tronco e a cabeça fiquem inclinados para baixo e as pernas elevadas, é um procedimento que também faz parte do protocolo. 

Outra medida que pode ser usada para estabilizar o paciente e garantir a continuidade segura do tratamento, é a infusão de solução salina e o ajuste de ultrafiltração. 

Cãibras 

O procedimento para controlar ou reduzir as cãibras pode contar com ajustes na solução de diálise, administração de soro fisiológico, alongamento e massagem. 

Arritmias 

No caso das arritmias, o protocolo conta com a correção de eletrólitos e, se necessário, medicação antiarrítmica. 

Síndrome do desequilíbrio 

Para controlar a síndrome do desequilíbrio, os procedimentos indicados são ajustes na diálise, sessões mais lentas e frequentes na fase inicial de diálise.
 

A importância dos profissionais de saúde na prevenção e controle das complicações agudas em hemodiálise 

Vale ressaltar a importância do médico nefrologista e do enfermeiro ou enfermeira responsáveis pelo tratamento do paciente renal. 

Estes profissionais precisam ter um conhecimento profundo do protocolo clínico de intercorrências, para saber exatamente qual a conduta correta a ser seguida diante da ocorrência de complicações durante a hemodiálise. 

Desse modo, a destreza e capacidade de uma equipe médica que atende o paciente renal em hemodiálise, podem evitar que intercorrências mais sérias ocorram, ou até mesmo, salvando a vida desta pessoa. 

Equipamentos e materiais de alta qualidade: essencial para reduzir o risco de complicações agudas em hemodiálise 

Atualmente, muitos especialistas avaliam que equipamentos e materiais de alta qualidade podem influenciar de forma direta na redução do risco de complicações na hemodiálise. 

Isso porque, podem oferecer mais eficácia no tratamento e segurança do paciente. Entre os benefícios que equipamentos e materiais de boa procedência – como o dialisador – podem oferecer, estão: 

  • Redução de infecções, já que previnem a entrada de bactérias e toxinas na corrente sanguínea do paciente; 
  • Controle mais preciso de eletrólitos – como o potássio, sódio, cálcio – prevenindo complicações como arritmias, cãibras e síndrome do desequilíbrio; 
  • Oferecem alta biocompatibilidade, reduzindo o risco de reações inflamatórias e anafiláticas, além de dar mais conforto e bem-estar ao paciente; 
  • Apresentam maior integridade estrutural,  evitando vazamentos e rompimentos que podem levar a contaminações ou acidentes durante a sessão. 

Allmed Pronefro sempre à frente em equipamentos projetados com excelência 

As complicações agudas em hemodiálise foram apresentadas neste artigo, como uma preocupação que não faz parte somente da rotina do portador da IRC, mas também das clínicas e hospitais especializados em diálise. 

Isso porque, apesar de a hemodiálise ser de extrema importância, as intercorrências são uma realidade que pode colocar em risco a vida do paciente renal. Mostramos, também, que a qualidade do dialisador é outro fator essencial para evitar que complicações mais sérias ocorram. 

Diante deste cenário, a Allmed Pronefro é um destaque no mercado nacional na distribuição de materiais e equipamentos de diálise projetados com a mais alta excelência, oferecendo reconhecida segurança para evitar complicações e intercorrências durante a hemodiálise. 

O dialisador Allmed – um dos principais equipamentos da empresa – foi projetado com tecnologia de ponta, por profissionais altamente capacitados, fabricado com a moderna membrana de polissulfona e esterilizado pelo método a vapor em autoclave. 

O dialisador Allmed também apresenta biocompatibilidade comprovada, oferecendo assim mais conforto e bem-estar para o paciente renal.  Além disso, o capilar possui um manuseio seguro e eficaz, por parte das equipes de médicos e enfermeiros, sendo um fator importante de segurança para estes profissionais. 

Se você quiser saber mais sobre como o dialisador Allmed pode elevar o nível do atendimento ao seu paciente renal, acesse o site da empresa e confira o catálogo de produtos.  

 

Você também pode conversar com um consultor Allmed através do WhatsApp. E não deixe de se manter informado sobre tudo o que há de novidade em hemodiálise, dialisadores e soluções de tratamento para pacientes renais. Para isso, acesse o blog Allmed. 

 

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