Doação de órgãos e transplante renal: por que o Brasil está entre os primeiros países do mundo nestes procedimentos?
A doação de órgãos é uma forma de levar esperança de vida para uma pessoa, ou várias. Isso porque, apenas um doador pode salvar várias vidas.
Segundo dados do Ministério da Saúde, entre os anos de 2021 e 2022, foram realizados mais de 45 mil transplantes de órgãos no país.
Estes números confirmam o Brasil como “o maior sistema público de transplantes de órgãos no mundo”. Em números absolutos, somos considerados o “2º maior transplantador do mundo”, ficando atrás apenas dos EUA.
Mesmo assim, os números da lista de espera por um transplante também são altos. Segundo um artigo publicado pelo G1, mais de 65 mil pessoas aguardam por um doador, sendo que esse número é considerado “um dos maiores dos últimos 25 anos”.
Nesse cenário, o transplante de rim lidera a lista de pacientes que aguardam pela doação desses órgãos. Estima-se que cerca de 50 mil pacientes renais estejam nessa lista de espera.
Para essas pessoas, a doação de órgãos é o que as separa de uma expectativa maior de vida!
Diante da importância desse assunto, foi instituído pela Lei 11.584/2007 o Dia Nacional de Doação de Órgãos, comemorado em 27/09.
Desse modo, chamado de “Setembro Verde”, este é o mês de intensificar a conscientização dos brasileiros para a importância desse tema.
Neste artigo, vamos falar sobre esse verdadeiro gesto de amor que pode salvar vidas, mas que ainda causa muita polêmica. É uma conversa séria e necessária!
Então, vamos lá?
Doação de órgãos: quais as principais dificuldades para encontrar doadores no Brasil?
Para acontecer um transplante de órgão, é preciso existir um doador. Porém, essa nem sempre é uma equação simples. A gente explica!
A doação de órgãos enfrenta algumas restrições no Brasil e gera, ainda, muita polêmica. Vale ressaltar que esse cenário é comum na maioria dos países, onde esse procedimento é realizado.
Um estudo feito pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) identificou que altas taxas de recusa familiar é uma das maiores causas que impedem a doação de órgãos no Brasil.
Mas, o que leva uma família a se recusar a doar os órgãos de um parente falecido, que podem salvar várias vidas? A pesquisa mostrou que são três os principais motivos:
- Não entender a morte encefálica, ou seja, não entender que a pessoa faleceu;
- Falta de preparo da equipe médica para comunicar a morte;
- Conceitos religiosos.
Então, como a família é responsável – pela lei – a autorizar ou não a doação de órgãos de uma pessoa após a morte, isso acaba se tornando o maior entrave.Daí a importância de conscientizar as pessoas – principalmente familiares – sobre a importância da doação de órgãos.
Sendo assim, se você deseja ser um doador de órgãos, é essencial começar esse trabalho na sua própria casa.
Em que casos a doação de órgãos pode ser feita?
Segundo o Ministério da Saúde, a doação de órgãos acontece quando “são retirados órgãos ou tecidos de uma pessoa viva ou falecida (doadores) para serem utilizados no tratamento de outras pessoas (receptores), com a finalidade de restabelecer as funções de um órgão ou tecido doente”.
Dessa forma, a doação de órgãos pode acontecer após a morte de uma pessoa – e isso só pode ser feito com a autorização da família – ou também através do chamado “doador vivo”.
O paciente – chamado receptor – passará por um transplante, ou seja, um procedimento cirúrgico em que o órgão doente será substituído por um saudável, proveniente de um doador.
Desse modo, uma única pessoa – após a morte – pode doar:
- Rins;
- Fígado;
- Coração;
- Pulmões;
- Pâncreas;
- Intestino
- Córneas;
- Válvulas cardíacas;
- Pele;
- Ossos;
- Tendões.
Nesse caso, a doação de órgãos só é permitida pela legislação brasileira se ocorrer a morte encefálica, ou seja, é a morte do cérebro considerada permanente e irreversível.
O diagnóstico de morte encefálica deve seguir todos os rigorosos critérios estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina.
Todo o processo de doação de órgãos e transplante é regulamentado, controlado e monitorado pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), do Ministério da Saúde.
Como é feita a doação de órgãos por uma pessoa viva?
Qualquer indivíduo maior de idade, que seja juridicamente capaz, pode se tornar um doador vivo.
Nesse caso, ele pode doar órgãos apenas a seus familiares de até 4° grau ou cônjuge, sem nenhum impedimento.
Para que a doação possa ser feita para outras pessoas, será necessário, autorização judicial.
Porém, o fator decisivo para que o transplante ocorra, é a compatibilidade sanguínea e caso isso não comprometa a saúde do doador.
Caso todas essas exigências sejam cumpridas, um doador vivo pode doar:
- um dos rins;
- Parte do fígado;
- Parte da medula óssea;
- Parte do pulmão.
Então, quer saber como você pode se tornar um doador de órgãos?
O Ministério da Saúde ressalta como ponto principal, que o primeiro passo é conversar com sua família e deixá-los cientes do seu desejo.
Desse modo, não é necessário atualmente deixar nada por escrito ou documentado, basta que a família saiba, já que a autorização precisará ser feita para que a doação dos órgãos aconteça.
Por isso, é extremamente essencial conscientizar as pessoas sobre a doação de órgãos e como esse ato pode salvar vidas.
Doação de órgãos: o transplante de rim lidera em números de procedimentos no Brasil
Quando falamos em doação de órgãos, chegamos consequentemente ao transplante de rim. Isso porque, esse é um dos principais procedimentos desse tipo feitos no Brasil.
Em primeiro lugar, vale ressaltar que o Brasil é o terceiro país que mais realiza transplante renal no mundo.
Segundo o Ministério da Saúde, o rim “representa cerca de 70% do total de transplantes de órgãos” no Brasil.
Só para você ter uma ideia, em 2021 foram registrados em torno de 5 mil procedimentos. Mas, estima-se que existam mais de 10 milhões de pessoas com esse problema de saúde no país, muitas sem nem ainda terem um diagnóstico fechado.
No mundo, esses números ganham contornos gigantescos, chegando a cerca de 850 milhões de pessoas com doença renal.
Quando o transplante de rim é recomendado?
O transplante de rim é o momento mais esperado por um paciente portador de doença renal crônica (DRC), considerada irreversível.
Quando o paciente atinge esse estágio, só um transplante poderá devolver a ele a capacidade de ter uma vida normal, livre das infindáveis horas na hemodiálise.
Mas, para isso é preciso que a doação do órgão aconteça e exista a compatibilidade entre o doador e o paciente, o que possibilita reduzir o risco de rejeição.
Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) – após o diagnóstico de morte encefálica, “Vários exames são realizados para se certificar que o doador apresenta rins com bom funcionamento e que não possui nenhuma doença que possa ser transmitida ao receptor”.
Além disso, será realizado um cruzamento do sangue do doador com os receptores – aqueles que fazem parte da lista de espera do transplante – o que irá determinar qual deles é o mais compatível com o órgão disponível.
Mas, o tempo de espera na lista também será um critério decisivo para o transplante.
Outra possibilidade, como já mostramos neste artigo, é que o rim é um dos órgãos que pode ser doado, ainda em vida, para outra pessoa.
Então, ressaltamos que o doador vivo pode doar órgãos a seus familiares ou cônjuge, ou até mesmo para outras pessoas, mediante autorização judicial. Inclusive, sem precisar continuar na lista de espera.
Como é feito o transplante de rim?
Para receber o rim novo, o paciente portador de doença renal crônica (DRC) avançada passa por uma cirurgia, em que o órgão será implantado.
Os rins doentes não são retirados, permanecendo no mesmo lugar. Isso só acontecerá se estes órgãos estiverem causando algum tipo de infecção.
Assim, o transplantado renal passa a conviver normalmente com os três rins. No entanto, apenas o órgão saudável passa a executar as funções renais.
Conclusão
Neste artigo, falamos sobre a importância da doação de órgãos e como esse gesto de amor pode salvar vidas.
Como você pode conferir, o Brasil é considerado o maior sistema público de transplantes de órgãos no mundo. Mesmo assim, o país conta com uma imensa lista de espera que, atualmente, chega a 65 mil pacientes. Segundo dados do Sistema Nacional de Transplantes(SNT).
Esse cenário nos mostra, ainda, que o Brasil lidera também quando falamos em transplantes de rim, tanto em números de procedimentos realizados por aqui, quanto no total de pacientes na lista de espera.
O que vimos, é que uma das maiores dificuldades para a doação de órgãos – que poderia reduzir essa espera – é o alto índice de recusa familiar em doar os órgãos de pessoas falecidas.
Por tudo que apresentamos, é que salientamos a importância da conscientização das pessoas, principalmente familiares e amigos, da doação de órgãos.
Então, campanhas realizadas durante o mês conhecido como “Setembro Verde” fazem toda a diferença. Podem ser a esperança de uma vida saudável ou expectativa de vida!
Allmed Pronefro cuidando da sua saúde renal
Dessa forma, a Allmed Pronefro reafirma seu total apoio à campanha de doação de órgãos realizada no Brasil, pois vê nessa iniciativa uma forma de informar à população da importância desse ato.
A empresa, que está no dia a dia de quem precisa realizar hemodiálise, faz parte da caminhada desses pacientes, até que eles cheguem ao transplante de rim.
Afinal, a Allmed leva conforto e segurança aos seus pacientes renais, através de seus produtos e equipamentos de alta qualidade, também comemora cada vida salva com um transplante de rim.
Por isso, enquanto um paciente renal precisar, a Allmed Pronefro estará presente na sua jornada!
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