Doença renal policística: o que é, causas, sintomas e tratamentos
A doença renal policística é uma condição predominantemente genética que se caracteriza pela formação de múltiplos cistos nos rins. Esses cistos são pequenas bolsas de líquido que, com o tempo, podem aumentar de tamanho e quantidade, comprometendo a estrutura e a função renal.
Compreender a doença e estar atento aos sintomas iniciais pode ajudar no diagnóstico precoce e na prevenção de complicações graves.
Neste artigo vamos entender o que é a doença renal policística, suas causas, consequências e opções de tratamento. Fundamental, especialmente para quem possui histórico familiar, pois permite identificar os primeiros sinais e buscar um diagnóstico precoce.
O que é a doença renal policística?
A DRP, como já mencionamos, é uma doença predominantemente genética e se caracteriza pela formação de múltiplos cistos nos rins. Estes cistos são bolsas de líquido que podem aumentar de tamanho e causar sérios problemas para o portador da doença.
Os cistos renais podem crescer ao longo do tempo, comprometendo o funcionamento dos rins e aumentando o risco de doenças relacionadas, como hipertensão e infecções. Além disso, em alguns casos, outros órgãos, como o fígado, também podem ser afetados.
Compreender a DRP é essencial, especialmente se há casos na família, pois a identificação precoce dos sintomas pode ajudar no diagnóstico e no acompanhamento adequado. Essa condição hereditária é predominantemente genética, dividida em dois tipos principais, que são a DRP Autossômica Dominante (DRPAD) e a DRP Autossômica Recessiva (DRPAR).
Cada uma tem características distintas em termos de herança, sintomas e progressão da doença.
Doença renal policística autossômica dominante: conheça a forma mais comum da DRP
A doença renal policística autossômica dominante (DRPAD) surge, geralmente, entre 30 e 40 anos e as chances de herdá-la dos pais chega a 50%.
Segundo a Academia Nacional de Medicina (ANM), a DRPAD “é a doença renal hereditária mais comum, ocorrendo numa proporção de 1:1000” e ocupa a quarta posição nas causas da doença renal crônica (DRC), ficando atrás da diabete, hipertensão e glomerulonefrite.
A ANM ressalta também “que esta doença não pula uma geração e os pacientes costumam já a conhecer em seu histórico familiar”.
A progressão desse tipo de DRP é lenta e variável, ou seja, em algumas pessoas a doença pode passar anos sem evoluir para a DRC, principalmente se houver um controle maior dos sintomas e pressão arterial.
Por outro lado, o portador da doença pode apresentar complicações extra-renais, como a presença de cistos em outros órgãos, como o fígado, e problemas vasculares, como aneurismas cerebrais.
Doença renal policística autossômica recessiva: uma condição mais agressiva e rápida da patologia
A doença renal policística autossômica recessiva (DRPAR) é uma patologia que ocorre com menos frequência, em comparação com a dominante.
Também é de origem genética, mas nesse caso, a doença ocorre em crianças quando ambos os pais são portadores da DRP, mesmo que não apresentem sintomas.
Um estudo da Faculdade de Medicina da Bahia diz que a DRPAR “é um distúrbio infantil relativamente raro, que ocorre em 1:6.000 a 1:50.000 nascidos vivos”.
Desse modo, a criança herda um gene mutado de cada um dos pais, e assim, tem 25% de chance de ter a doença.
Os primeiros sintomas aparecem, geralmente, assim que a criança nasce ou ao longo da infância. Mas, em alguns casos, podem ser detectados durante o pré-natal.
Outro aspecto importante é que este tipo de DRP apresenta um desenvolvimento mais agressivo e mais rápido, podendo levar a criança a apresentar sinais de insuficiência renal acompanhada de hipertensão logo ao nascer.
Além disso, o portador da doença pode apresentar graves complicações no fígado e no pulmão, com o surgimento de cistos nestes órgãos, o que pode colocar em risco a vida da criança.
Isso exige que a criança com DRPAR tenha necessidade de cuidados médicos constantes. Eventualmente, ela pode precisar ser submetida à diálise ou ao transplante.
Quais os principais sintomas da doença renal policística que você deve prestar atenção?
A doença renal policística é uma condição que – se alguém na família é portador -a pessoa já deve ficar em alerta, caso apresente os primeiros sintomas. E quais são estes sintomas?
Na DRPAD, os cistos nos rins se desenvolvem de forma mais lenta, o que pode fazer com que os sintomas não sejam aparentes ou fiquem por muito tempo sem se manifestar.
No caso da DRPAR, os sintomas se apresentam de forma mais rápida, levando ao desenvolvimento de sérias complicações ainda na infância.
Então, podemos destacar os seguintes sintomas mais comuns:
- Dor nas costas ou no abdômen;
- Hipertensão arterial;
- Hematúria – presença de sangue na urina;
- Infecção no trato urinário;
- Proteinúria – perda de proteínas pela urina que fica espumosa;
- Aneurisma intracraniano;
- Diminuição da função renal.
A diminuição da função renal é um dos mais graves sintomas, que pode acometer a pessoa com doença renal policística, potencialmente evoluindo para insuficiência renal crônica.
Como a doença renal policística pode ser diagnosticada?
O diagnóstico da DRP é muito importante, principalmente se ele for feito o mais rápido possível.
Isso porque, o diagnóstico precoce – além de confirmar a presença da patologia – pode avaliar a extensão do comprometimento dos rins e de outros órgãos, e possibilita o melhor gerenciamento da doença e a adoção de medidas preventivas.
Além dos exames de rotina, alguns sintomas suspeitos podem indicar a existência desta disfunção renal.
Nesse caso, o médico pode solicitar exames de imagem, como ultrassom abdominal, ressonância magnética (RM) e tomografia computadorizada (TC).
Para chegar ao diagnóstico da DRP, o médico deve considerar o histórico familiar do paciente e realizar exame clínico, que pode detectar sinais como o aumento do abdômen ou hipertensão, sintomas característicos da DRP.
Outros possíveis exames são o de função renal – através do sangue para medir os níveis de creatinina e a taxa de filtração glomerular (TFG) – e análises de urina, que podem detectar a presença de proteínas ou sangue na urina.
Estes exames podem indicar sinais de comprometimento da função renal e são extremamente importantes para o diagnóstico da doença renal policística.
Qual o tratamento indicado para a doença renal policística?
Em primeiro lugar, é importante deixarmos claro que não existe cura para a doença renal policística (DRP).
No entanto, atualmente existem diversos tratamentos que ajudam a aliviar os sintomas, retardar a progressão da doença e suas complicações, sendo que a insuficiência renal crônica é a mais grave e irreversível.
Com o tratamento adequado, é possível, também, melhorar a qualidade de vida do paciente. Inclusive, o tratamento é personalizado e depende da gravidade e dos sintomas específicos de cada pessoa.
Entre as principais formas de tratamento para a DRP, estão:
Controle da pressão arterial
Através do uso de anti-hipertensivos, entre os quais estão os inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA) ou bloqueadores dos receptores de angiotensina.
Controle da dor abdominal ou nas costas
O tratamento é feito através da prescrição e orientação de analgésicos.
Prevenção e tratamento de infecções
Com o uso de antibióticos específicos.
Tratamento para redução dos cistos
Para retardar o crescimento dos cistos e a progressão da insuficiência renal, o médico pode utilizar medicamentos como o tolvaptan.
Drenagem de cistos
A intervenção cirúrgica pode ser necessária no caso do paciente apresentar dor severa ou desconforto causado por cistos muito grandes.
Diálise
Indicada quando os rins não são mais capazes de desempenhar suas funções. O tratamento é personalizado, buscando sempre melhorar a qualidade de vida do paciente.
Transplante renal
Esta é uma opção de tratamento mais urgente, quando o paciente atinge a insuficiência renal terminal.
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Estar atento aos sinais da Doença Renal Policística (DRP) e buscar acompanhamento médico adequado são medidas essenciais para reduzir complicações e melhorar a qualidade de vida.
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