Bisfenol: o que é, malefícios e como proporcionar uma diálise cuidadosa

Bisfenol o que é, malefícios e como proporcionar uma diálise cuidadosa

O Bisfenol, também conhecido por BPA, trata-se de um composto químico bastante utilizado na confecção de produtos hospitalares que contém resinas epóxi, policarbonato. De acordo com artigo publicado por, Mas e Jesus, na revista científica Nefrologia de Madrid, em 2017, nos últimos anos, as discussões sobre os efeitos tóxicos e/ou nocivos do bisfenol ganharam bastante relevância. Devido a uma série de motivos como: proibição ou limitação do uso da substância e atenção à pauta por parte da agenda midiática.

Visando desmistificar o que é bisfenol, como minimizar os impactos deste composto promovendo uma diálise cuidadosa para o paciente e explicar quais são os impactos do bisfenol na vida do paciente renal, a equipe da Allmed Pronefro elaborou este artigo.

Você é um profissional da saúde e atua na enfermagem focada em nefrologia ou é médico (a)? Continue lendo, pois este artigo foi feito para te auxiliar!

O que é bisfenol

No glossário da química, o bisfenol é um sólido branco. Você provavelmente já o encontrou no dia a dia, mesmo que não tenha se dado conta. Afinal de contas, o bisfenol é parte da matéria-prima utilizada na fabricação de embalagens plásticas, entre tantas, temos aquelas garrafinhas de água que nos acompanham em todos lugares. Também usado em vários produtos hospitalares como,  dialisador e máquina de hemodiálise domiciliar.

Além disso, o bisfenol também pode ser encontrado em potes plásticos, embalagens ou nos detalhes do material de revestimento interno/externo de produtos.

Por que o bisfenol pode prejudicar a saúde?

O bisfenol pode contribuir com a piora da saúde renal. Na prática, a substância tem relação ao aumento das chances de desenvolvimento das doenças renais com outras questões, como, por exemplo:

  • Risco aumentado para danos no pâncreas;
  • Alterações na tireoide;
  • Prejuízos ao fígado;
  • Risco aumentado para a ocorrência de neuroblastomas e câncer — especialmente câncer de mama.

 

Todos esses riscos são comprovados cientificamente por um estudo retrospectivo de níveis séricos desenvolvido por pesquisadores do núcleo Shanghai Ninth People ‘s, ligado a um centro de pesquisa da Shanghai Jiao Tong University. 

Durante a pesquisa, os cientistas analisaram a presença de compostos como o bisfenol nos organismos de pacientes vivendo com Doença Renal Crônica (DRC) e seus impactos. Além disso, também estudaram as possíveis relações entre o bisfenol e a membrana dialisadora.

Metodologicamente, os pesquisadores analisaram três análogos do BPA: bisfenol B (BPB), bisfenol S (BPS) e bisfenol F (BPF). O recorte da pesquisa contemplou o seguinte perfil de paciente:

  • Pacientes em terapia de diálise, com condições estáveis de saúde;
  • Pacientes com Doença Renal Crônica (DRC), em estágio progressivo e irreversível.

Entre os principais objetivos da pesquisa, os cientistas almejam descobrir se os dialisadores contribuem para a carga de bisfenol no organismo de pacientes que fazem tratamento renal. A resposta é: sim, a escolha dos dialisadores contribui bastante para a liberação de BPA na corrente sanguínea do paciente renal.

A associação entre bisfenol e a piora das doenças renais é profunda e complexa, mas, resumidamente, os pacientes renais que acabam absorvendo essa substância no sangue, dificilmente conseguem eliminá-la na excreção e na urina. O resultado? Quanto maior a quantidade de bisfenol no organismo do paciente renal, pior será a deterioração e o desgaste das funções renais!

Como reduzir os impactos negativos do bisfenol na vida do paciente renal?

Se você leu até aqui, deve estar se perguntando: ok, bisfenol faz mal à saúde, mas como proporcionar uma sessão de diálise e/ou hemodiálise para meu paciente sem prejudicar ainda mais sua qualidade de vida? Responder essa pergunta não é simples, uma vez que a indústria de produtos médicos e hospitalares é condicionada a disponibilidade de recursos no mercado e a uma série de detalhes que não temos controle.

Por isso, a missão de reduzir os impactos, não seria possível em sua totalidade. A boa notícia é que algumas mudanças na sua postura profissional e no olhar de gestores de clínicas e centros de diálise é fundamental para mitigar os prejuízos na vida do paciente renal. Abaixo, algumas dicas de como fazer isso!

 

  • Preferencialmente, escolha dialisadores com métodos eficazes de esterilização

 A eficácia da esterilização de produtos hospitalares tem conexão direta com a segurança do paciente, a qualidade do tratamento. No caso de dialisadores e máquinas de hemodiálise domiciliar, o método de esterilização correto é essencial para minimizar riscos.  

De modo geral, as membranas de polissulfona e os dialisadores podem liberar tanto PVP como também bisfenol na corrente sanguínea de pacientes. Os dois compostos são muito usados no mercado de soluções hospitalares e isso é praticamente inevitável. 

No entanto, a escolha do modo de esterilização dos dialisadores e suas membranas fica a cargo da empresa fabricante/distribuidora e isso faz toda a diferença, já que dependendo do método de esterilização, esses produtos podem ser liberados em uma quantidade 700% superior em relação a outros.

Leia mais: PVP: o que é, quais são os riscos e como minimizá-los nas terapias renais

Preocupada com as normas de biossegurança e atenta às formas de minimizar riscos e poupar os pacientes contra os eventos adversos, a Allmed Pronefro investe em esterilização a vapor intra line e extra line, em uma temperatura de 120 ºC, por 20 min em autoclave. Conforme a literatura científica, esse é um método seguro e libera menos substâncias tóxicas em relação a qualquer outro. Fica a dica!

 

  • Preste atenção nos sintomas e reações dos pacientes

O bom profissional de saúde não é somente aquele que prescreve a medicação, prepara o dialisador e acompanha o paciente por, no mínimo, 3 vezes por semana nas sessões. O bom profissional também é o que sabe ler o paciente e além dos registros em prontuários e documentos técnicos, consegue identificar a sua evolução, seja para melhor ou pior. 

Quando um paciente renal tem contato com grandes quantidades de bisfenol ou PVP em suas veias, certamente ele apresentará sintomas e seu quadro de saúde não ficará estável por muito tempo. Por isso, observe o seu paciente, o escute com atenção e, em caso de qualquer suspeita, compartilhe as informações com a equipe multidisciplinar de saúde.

 

  • Busque, conjuntamente, soluções para desintoxicar o organismo do paciente

Dizem que a diferença entre o remédio e o veneno é a dose. Por vezes, a hipermedicação pode levar uma pessoa a ter uma crise renal e desenvolver  doenças renais crônicas e para que o organismo volte a filtrar o sangue adequadamente e eliminar toxinas, a hemodiálise ou diálise peritoneal domiciliar se faz necessária.

Saiba mais: Equipe multiprofissional de saúde no tratamento renal: entenda a importância!

No caso do bisfenol, uma forma de reduzir os riscos e fazer um “detox” no paciente é apostar nos probióticos, segundo literatura científica recente. De acordo com pesquisadores, o uso dessa solução ajuda a reduzir a absorção intestinal e facilita a excreção do bisfenol.

Por isso, o cuidado com a alimentação também é muito importante. Considerando que o bisfenol pode cair na corrente sanguínea do paciente renal não somente por conta da máquina de hemodiálise, do dialisador e das membranas, como também pode surgir em decorrência de alimentos contaminados.

Os principais alimentos que devem ser evitados são:

  • Produtos enlatados;
  • Produtos industrializados;
  • Produtos com embalagens consideradas tóxicas, com matéria-prima contendo bisfenol, entre outras.

Alimentar-se bem difere de simplesmente comer. O alimento pode ser fruto de uma escolha consciente quando se pensa na alimentação, também como um remédio natural onde o objetivo é buscar uma vida mais saudável.

 

Saiba mais sobre o pvp e seus efeitos colaterais ao paciente renal, no vídeo explicativo abaixo:

 

Motivos para confiar na Allmed Pronefro

Há mais de duas décadas no mercado brasileiro de distribuição de produtos para hemodiálise, a Allmed Pronefro é uma referência quando o assunto é proporcionar mais qualidade de vida e humanização nos tratamentos renais. O paciente renal é o cliente final da Allmed, mas a relação com ele não é pensada somente na perspectiva mercadológica, uma vez que a vida não tem custo, mas sim um valor inestimável. 

Do início ao fim do processo de distribuição de diálise, queremos garantir o máximo de conforto terapêutico para a rotina dos pacientes renais que vivem com doenças renais crônicas, estão à espera de um transplante, fazem diálise domiciliar ou hemodiálise convencional. Acreditamos que é possível se livrar de riscos à saúde causados pela toxicidade de matérias-primas e por isso, compartilhamos informações científicas de alta relevância e confiabilidade.

As Linhas de sangue e Dialisadores os quais são fabricados e distribuídos pela Allmed são biocompatíveis e se ajustam ao corpo humano de modo que não causam irritações e reações quanto ao uso.

No caso da membrana, a biocompatibilidade é responsável por reduzir os efeitos do contato entre o sangue e a superfície da circulação extracorpórea, bem como os possíveis impactos da interação entre a membrana e o sangue humano.

No que diz respeito à distribuição de produtos de hemodiálise com qualidade, confiabilidade e foco na segurança do paciente, a Allmed é uma referência no Brasil e no mundo. Presente em mais de 40 países, que atua na fabricação e distribuição de produtos para hemodiálise na Europa, no Oriente Médio e na América do Sul.

 

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