Osmose reversa: por que a qualidade da água é essencial para o sucesso da hemodiálise?

Osmose reversa por que a qualidade da água é essencial para o sucesso da hemodiálise

A osmose reversa e sua importância para a qualidade da água na hemodiálise demonstra um fator benéfico e eficaz quando o assunto é filtragem. Portanto, investir em processos como a osmose reversa é fundamental para evitar qualquer tipo de contaminação na água utilizada durante as sessões de hemodiálise.

A osmose reversa (OR) é um processo utilizado para manutenção e limpeza de águas. Segundo órgãos como a Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com o Ministério da Saúde (MS), este “método é comumente usado para obter água com padrão adequado para hemodiálise”, com comprovação eficaz na retenção de toxinas, microrganismos e agentes patogênicos que podem afetar a qualidade de água na hemodiálise.

Como já citamos em outros conteúdos do blog, o rigor de qualidade no processo de hemodiálise é fundamental para a segurança do paciente renal. Portanto, a  osmose reversa é fundamental para evitar qualquer tipo de contaminação na água utilizada durante as sessões de hemodiálise.

Nas próximas linhas, você entenderá a importância da água e o que é osmose reversa no tratamento de água para a hemodiálise.

 

Qual a importância da água no tratamento da hemodiálise?

Na prática da hemodiálise, a água assume um papel indispensável, atuando como meio de garantia vital para a sustentação da vida. Essencialmente, ela se torna o veículo primordial no processo de filtração sanguínea em pacientes com disfunção renal. Contudo, é imprescindível que a água seja submetida a um tratamento adequado, pois a sua qualidade influência diretamente na prevenção da transferência de uma gama variada de contaminantes químicos, bacteriológicos e tóxicos para os pacientes. A negligência no tratamento adequado da água pode culminar na manifestação de efeitos adversos, frequentemente fatais, nos pacientes submetidos ao procedimento de hemodiálise.

O que é osmose reversa?

De acordo com Da Silva et al. (2013), a osmose reversa se caracteriza como o “processo de separação da água dos sais minerais”. Além disso, “a osmose reversa se constitui de duas soluções: uma com concentração maior de sais em relação à outra concentração diferentemente da osmose natural. Assim, a solução mais concentrada tende a ir para a solução menos concentrada”.

Na prática, este procedimento é eficaz no tratamento da qualidade da água para hemodiálise porque é capaz de remover até 99% dos componentes orgânicos e sais dissolvidos na água. Consequentemente, a osmose reversa é benéfica para a filtragem da qualidade de água.

Ainda segundo o Ministério da Saúde, após o processo de osmose reversa, há uma separação do tratamento de água em recipientes. De um lado, fica a água com sujidades da membrana e do outro a água tratada para hemodiálise.

Leia também: Esterilização dos dialisadores:saiba porque o método autoclave é o mais recomendado

A osmose reversa e sua importância no processo para a qualidade da água na hemodiálise

A qualidade da água deve ser avaliada com rigor não só para evitar problemas de contaminação e/ou reações pirogênicas em pacientes durante a hemodiálise como também porque influenciam no desempenho do dialisador.

Vale lembrar que conforme a Portaria Nº 2.914 de 12 de dezembro de 2011, a garantia da qualidade de água deve ser feita a partir de uma análise microbiológica completa. Este procedimento pode ser realizado mensalmente a partir da colheita de uma amostra de dialisato retirada da máquina de hemodiálise, ao fim de cada sessão.

A legislação brasileira destaca que quando houver interpretação duvidosa nas análises que determinam a quantidade de coliformes totais e Escherichia coli, a água deve ser coletada novamente.

Destaca-se ainda que é muito importante que o profissional responsável pelo processo de análise da qualidade de água tenha capacidade técnica para executar esta tarefa. E, no caso de identificação da irregularidade de água para o consumo ou de emergências, este profissional se comprometa a notificar à autoridade de saúde pública e vigilância sanitária.

 

A qualidade da água e o Dialisador de Baixo Fluxo: qual a relação com a osmose reversa e a hemodiálise?

A qualidade da água é essencial no processo de hemodiálise não só pelo resultado, mas por todo o processo em si, já que a água precisa ser usada desde o preparo da solução de diálise até a realização da sessão de terapia renal em si.

Além disso, o desempenho adequado e a qualidade da terapia renal dependem muito da qualidade da água utilizada neste processo. Segundo a enfermeira especializada em hemodiálise, Fernanda Pirotta, o uso e a purificação da água por osmose reversa está totalmente relacionado à escolha dos dialisadores e o desempenho das membranas que compõem os capilares.

Na prática, as impurezas presentes na água prejudicam a hemodiálise pelos seguintes motivos:

  • As toxinas e substâncias indesejadas não desaparecem quando a água não é tratada e podem obstruir os capilares.
  • As membranas dos dialisadores ficam mais expostas a possíveis danos causados por problemas com a água;
  • A vida útil e a eficiência dos dialisadores é comprometida.

Por esses e outros motivos, todo cuidado na hora do preparo e do acompanhamento da sessão de hemodiálise é pouco. Uma alternativa que ajuda na prevenção dos problemas relacionados à contaminação da água é a escolha dos Dialisadores de Baixo Fluxo.

osmose reversa dialisador baixo fluxo

 

 

Conforme a literatura científica, capilares deste modelo apresentam menores taxas de fluxo sanguíneo durante uma sessão de hemodiálise — o que permite contato mais prolongado entre o sangue do paciente e a solução de diálise.

As consequências da redução no fluxo sanguíneo vão desde maior  eficiência na remoção de toxinas e impurezas, uma vez que o tempo de contato é prolongado, até melhor capacidade de depuração da água e remoção de impurezas, endotoxinas e microrganismos potencialmente negativos.

 

O que deve ser monitorado além da água por osmose reversa?

O monitoramento da qualidade de água para hemodiálise envolve muito mais do que a análise microbiológica da água. Com o passar do tempo, é natural que os componentes da máquina de hemodiálise sofram desgastes e tudo isso pode impactar na vida útil do dialisador. Consequentemente, afetar a filtragem de líquidos e toxinas do organismo do paciente renal.

Por isso, além da qualidade de água tratada por osmose reversa, devem ser monitorados itens como:

  • Entrada do sistema;
  • Saída do abrandador;
  • Saída Carvão Ativado;
  • Saída da Osmose;
  • Reusos;
  • Reservatórios de água tratada.

É importante destacar que além do tratamento de água em si, é importante fazer o pré-tratamento da água no sistema via osmose. Isso inclui medidas como: verificação diária de vazamentos, retro lavagem diária de filtros de areia e carvão, regeneração periódica, abrandadores, desinfecção semestral e troca de carvão a cada 12 meses, ou antes, em caso de saturamento.

A limpeza dos reservatórios de água potável e o controle bacteriológico dos reservatórios também deve ser feito mensalmente, além do processo de desinfecção do reservatório e da rede que opera a distribuição da água utilizada para as sessões de hemodiálise e/ou diálise.

Etapas importantes da osmose reversa no tratamento de água para hemodiálise

Se você chegou até aqui, deve ter percebido o quão importante é o tratamento adequado de água para hemodiálise, certo? A seguir, explicaremos algumas etapas importantes nesta missão.

  • Tratamento de água e teste de cloro

O cloro é considerado uma das “características dinâmicas” da água e assim como outras substâncias, deve ser monitorado com cautela, afinal, pode afetar a qualidade da água tratada para hemodiálise.

A recomendação do Ministério da Saúde é que o cloro residual presente na água seja inferior a 0,5 ppm ou  de no máximo 0,1 mg/l  (medida semestral) de acordo com a resolução da diretoria colegiada — RDC nº 11, de 13 de março de 2014.

Logo, realizar testes químicos para mensurar a quantidade de cloro na água é altamente recomendado para evitar qualquer problema.

  • Teste para avaliação dureza da água

Considerando que, para o processo de hemodiálise, a água deve ser tratada corretamente, o teste de dureza da água é recomendado para atestar essa qualidade. Segundo literatura científica, existem dois tipos de dureza: a total e a temporária.

No primeiro caso, a dureza tem relação direta com a concentração de íons presentes na água. No segundo, a dureza temporária refere-se aos carbonatos como cálcio (Ca) e magnésio (Mg), após a fervura da água.

É aconselhado fazer testes diários para avaliação da dureza da água. O parâmetro crítico de dureza para entrada da membrana deve ser inferior a 40mg/l. Recomenda-se ainda que os testes de dureza sejam realizados antes e depois do uso do abrandador.

Na prática, o abrandador é um produto cuja finalidade é proteger a membrana da osmose reversa, ao mesmo tempo, em que remove cálcio e magnésio da membrana e aumenta sua vida útil.

  • Teste condutividade pré e pós-membrana de osmose

Os testes de condutividade da água são importantes para o processo de osmose reversa, pois determinam a capacidade da água conduzir íons. Para que a osmose reversa com finalidade de tratamento da água para hemodiálise seja bem sucedida, é necessário que a condutividade esteja de acordo com as resoluções da diretoria colegiada —RDC’s (RDC 154 e 11);

Estes testes forçam a segurança da membrana e, ao mesmo tempo, evitam seu rompimento, o que é crucial para garantir a segurança do paciente e evitar a contaminação da água usada para o tratamento de hemodiálise.

Problemas decorrentes da falta de qualidade da água para hemodiálise

A ausência de qualidade da água na hemodiálise pode causar muitos problemas de saúde para os pacientes renais. Estes problemas podem ser potencializados no organismo de pessoas que sofrem com doenças renais, pois acentuam a perda das funções dos rins, fazendo um efeito reverso ao proposto pelo tratamento de hemodiálise a partir do dialisador.

A seguir, listamos alguns problemas decorrentes da falta de qualidade na água para hemodiálise.

1.   Reação pirogênica

A reação pirogênica é uma das consequências que podem surgir por conta da água contaminada no processo de hemodiálise em contato com a corrente sanguínea do paciente renal.

De acordo com Andrade et.al (2009), tal reação é caracterizada, na prática, por sintomas como:calafrios, febre, cefaleia, calafrios, tremores, hipotensão, dispneia, redução de saturação de oxigênio, entre outros.

2.   Efeitos adversos e letais

Além de microorganismos patogênicos, a falta de tratamento adequado na água usada para hemodiálise potencializam o contato do organismo do paciente com outras substâncias tóxicas e bactérias. Neste caso, o paciente renal fica exposto a efeitos adversos como vômitos e sintomas de intoxicação (ou até mesmo letais em alguns casos) devido ao contato com essas substâncias via corrente sanguínea.

3.   Desenvolvimento de doenças a longo prazo

Conforme a literatura científica sobre o tema, o contato do paciente renal com contaminantes químicos é um fator que pode impulsionar a ocorrência de algumas doenças como pressão alta, distúrbios neurológicos, anemias e osteopatias, por exemplo.

4.   Anemia hemolítica

Segundo pesquisadores sobre tratamento de qualidade da água para hemodiálise, a presença de determinadas substâncias na água (como o zinco, por exemplo) pode estar associada ao desenvolvimento da chamada anemia hemolítica em pacientes renais.

Esta doença destrói glóbulos vermelhos do organismos e afetam a imunidade do paciente renal.

5.   Desordens neuromusculares

Quando a água para hemodiálise entra em contato com o chumbo, pacientes renais podem sofrer com desordens neuromusculares e encefalopatia. Nos casos mais graves, isso leva ao óbito.

 

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