Segurança do paciente renal: tudo o que você precisa saber

Segurança do paciente renal tudo o que você precisa saber

Priorizar a segurança do paciente renal, independentemente do tratamento renal indicado, faz toda a diferença no sucesso do tratamento e na vida do paciente renal. Não é à toa que a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que a promoção de medidas que visam instituir e/ou fortalecer as boas práticas em prol da Segurança do Paciente é fundamental para reduzir infecções, riscos à saúde e outros danos que afetam a qualidade do cuidado em saúde. 

 No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) criou uma resolução técnica específica para discutir os Requisitos de Boas Práticas de Funcionamento para os Serviços de Diálise e de outras providências a RDC n.º 11.

 Apesar das recomendações de órgãos nacionais e internacionais em relação à compreensão e ao cumprimento das normas de segurança do paciente renal nos serviços de diálise/hemodiálise, há locais que não cumprem as boas práticas de segurança do paciente em serviços de diálise. Segundo o Relatório da Avaliação Nacional das Práticas de Segurança do Paciente em Serviços de Diálise, publicado pela ANVISA, em maio de 2023, “dos 432 serviços que tiveram seus formulários analisados pelos Núcleos de Segurança do Paciente (NSP) ligados à Vigilância Sanitária (VISA) nos níveis estadual/distrital/municipais  apenas 4% comprovam alta conformidade com o cumprimento das práticas de segurança do paciente”. (ANVISA, p.25, 2023).

Neste contexto, a equipe da Allmed elaborou esse conteúdo visando reforçar quais são as normas de segurança do paciente e, porque investir em ações de segurança do paciente renal é tão importante. Continue lendo e saiba mais!

Segurança do Paciente Renal: do que estamos falando?

Você sabia que não basta encontrar o dialisador mais inovador do mercado e contar com uma equipe multidisciplinar experiente no serviço de diálise para que o paciente renal esteja seguro?

Mesmo nos serviços de diálise com a melhor infraestrutura possível, é preciso seguir à risca as Boas Práticas de Funcionamento para os Serviços de Diálise estabelecidos pela autoridade sanitária. Resumidamente, a Segurança do Paciente Renal consiste num conjunto de estratégias, práticas, normas e protocolos que precisam ser seguidos nos serviços de diálise para:

  • Evitar Eventos Adversos e complicações na hemodiálise, como, por exemplo: sangramentos não previstos, sinais de infecção no acesso vascular, 
  • Identificar de forma precoce e preventiva possíveis riscos e danos aos pacientes renais;
  • Melhorar os procedimentos e protocolos para proporcionar sessões de hemodiálise e diálise seguras e proveitosas para os pacientes renais;
  • Promover melhorias no atendimento do paciente e, consequentemente, proporcionar melhor conforto terapêutico e segurança, não só do ponto de vista normativo, mas também no aspecto relacional com os pacientes;
  • Garantir melhorias e otimizar o gerenciamento de insumos, produtos e equipamentos utilizados nas terapias renais.

 

Confira no vídeo as dicas da Enfermeira Fernanda Pirotta:

 

Identificando serviços de diálise comprometidos com a segurança do paciente renal

Afinal, o que caracteriza um serviço de diálise comprometido com a saúde do paciente e com as normas recomendadas pela ANVISA? Como deve ser a equipe de profissionais de saúde nestes serviços? Qual é a estrutura mais adequada e confortável para receber os pacientes renais?Como os produtos hospitalares devem ser higienizados e armazenados?

A seguir, listamos os principais pontos de atenção destacados pela RDC nº11. Confira!

1- O serviço de diálise tem licença da autoridade sanitária e infraestrutura adequada

Pode parecer óbvio, mas é essencial frisar que o centros de saúde e serviços de diálise adequados são os que não escondem a licença da vigilância sanitária. Ao contrário disso, costumam exibi-la em algum quadro fixado na recepção do ambiente. Além disso, os serviços de diálise seguros são os que possuem um ambiente limpo, higienizado e organizado para ofertar as terapias renais. 

Segundo o Art. 17 da RDC nº 11, estes espaços devem possuir, além do consultório, os seguintes ambientes:

  • área para prescrição médica,
  • posto de enfermagem, sala de recuperação e atendimento de emergência,
  • área para guarda dos pertences dos pacientes;
  • área de registro (arquivo) e espera de pacientes e acompanhantes;
  • sala de utilidades, banheiros para funcionários e pacientes,
  • depósito de material de limpeza e almoxarifado,
  • sala para hemodiálise com área apropriada para lavagem de fístulas,
  • sala para hemodiálise específica para pacientes com sorologia positiva para hepatite B com área para lavagem de fístulas,
  • sala para processamento dos dialisadores,
  • área de maca e cadeira de rodas,
  • sala para processamento dos dialisadores e área especial para armazenamento de recipientes de acondicionamento do dialisador.

2- O serviço de diálise tem um protocolo de segurança para utilização do dialisador

O dialisador é a alma da hemodiálise/diálise. Não é por acaso que esse dispositivo é conhecido popularmente como uma espécie de “rim artificial”.  Para que o dialisador escolhido funcione com o máximo desempenho e proporcione o melhor custo-benefício para os pacientes renais, é importante que as equipes multiprofissionais atuantes no serviço de diálise sigam um protocolo de segurança para manuseio deste produto. 

Conforme a ANVISA, o reuso de dialisadores, sejam eles de linhas arteriais ou venosas, não é recomendado em procedimentos hemodialíticos. Abaixo, destacamos as situações nas quais o reuso de dialisadores é completamente vedado:

  • O reuso e/ou reprocessamento de dialisadores não pode ser realizado no caso de pacientes com sorologia positiva, ou desconhecida para hepatite B, hepatite C, HIV e COVID-19;
  • Dialisadores sem membrana biocompatível não podem ser reutilizados;
  • Dialisadores identificados com o rótulo “proibido reprocessar” não devem ser usados novamente.

A única exceção que pode ser considerada para o reuso de dialisadores é quando o dialisador já foi submetido ao processamento automático, não é de nenhum paciente com sorologia positiva para hepatite e outras doenças e contém um volume interno de fibras que não prejudica sua função. Nos casos em que o profissional identificar uma redução de 20% no volume das fibras do dialisador, o produto deve ser descartado imediatamente.

Leia também Reuso de dialisadores: o que é, risco e como funciona 

3- O serviço de diálise conta com um técnico em STDAH e monitora a qualidade da água

Em qualquer procedimento de saúde, a qualidade da água é essencial para prevenção de riscos à saúde do paciente. No caso das terapias renais, como hemodiálise e diálise, o monitoramento microbiológico da qualidade da água é uma necessidade indiscutível. Segundo o artigo 46 da RDC n.º 11, todas as clínicas, hospitais e serviços de diálise, devem, obrigatoriamente, contratar um técnico responsável pela operação do Sistema de Tratamento e Distribuição de Água para Hemodiálise (STDAH).

A qualidade da água influencia impacta não somente na qualidade da hemodiálise, mas também na saúde (ou adoecimento) dos pacientes renais, considerando que:

  • Toxinas e impurezas indesejadas permanecem no dialisador e nos demais dispositivos utilizados para dialisar quando a água não é tratada;
  • Os microrganismos patogênicos (aqueles que não conseguimos ver a olho nu) não desaparecem com água corrente comum e, além de causar doenças, podem obstruir os capilares e prejudicar o sucesso da hemodiálise;
  • A vida útil e eficácia do dialisador e demais produtos como as membranas dos dialisadores são prejudicadas quando não há controle de qualidade e monitoramento da água utilizada no processo de diálise e/ou hemodiálise.

Importante: as análises sobre a qualidade da água não devem se limitar ao uso e manuseio de produtos hospitalares. As soluções para diálise também devem passar por um rigoroso processo de análise microbiológica para evitar danos de saúde ao paciente renal

4- Investimento em produtos para hemodiálise de qualidade

Na dúvida sobre o real comprometimento do serviço de diálise com a saúde e o bem-estar dos pacientes renais? Preste atenção nos parceiros que essa clínica ou hospital mantém como seus fornecedores. Fornecedores e distribuidores de produtos para hemodiálise que prezam pela segurança do paciente são aqueles que atendem todas as exigências de fabricação dos padrões nacionais e internacionais de qualidade.

A Allmed Pronefro, por exemplo, é uma empresa conhecida não só no Brasil como também no mundo inteiro, marcando presença em mais de 40 países da América do Sul, do Oriente Médio e da Europa. Independentemente da especificação técnica e do tamanho, o dialisador fabricado e distribuído pela Allmed é conhecido no mercado por ter a membrana mais biocompatível do mundo: confeccionada com Polisulfona e desenvolvida com alta tecnologia de Micro-Ondulação.

Além de proporcionar mais conforto e promover a segurança do paciente renal, essa membrana também é, comprovadamente, mais eficiente nos processos de depuração e limpeza do sangue. 

A Allmed Pronefro também se destaca no mercado por dispor de kits de linha de sangue arterial e venosa para adultos, crianças e recém-nascidos.

 

5- O serviço de diálise investe na capacitação constante da equipe

Treinamentos e capacitações são sempre importantes para qualquer profissional. Se tratando de profissionais de saúde que trabalham em uma área que requer tanta atenção e responsabilidade como a nefrologia, isso é fundamental. 

Uma forma de promover as Boas Práticas que influenciam na Segurança do Paciente Renal é ofertar capacitações contínuas para os profissionais que atuam no dia a dia do serviço de diálise e precisam manusear equipamentos, cuidar da higienização dos dialisadores, atender o paciente e auditar o processo.

Dicas para melhorar a Segurança do Paciente Renal e reduzir riscos nos cuidados de saúde

Durante a 74ª Assembleia Mundial de Saúde, a OMS lançou o  “Plano de Ação Global para a Segurança do Paciente: 2021-2030”, um documento cujo objetivo é promover a segurança do paciente, como um fator indispensável na avaliação do desempenho e eficácia dos sistemas de saúde em escala mundial. 

O documento é destinado aos governos, entidades e organizações de saúde e é reconhecido pela ANVISA como uma referência importante para se pensar na redução dos riscos à saúde e promoção da segurança do paciente renal. A seguir, destacamos algumas diretrizes que podem inspirar sua equipe na elaboração de estratégias ou melhoria de protocolos já existentes para cuidar melhor da segurança dos pacientes renais.

  • Fortalecimento de políticas para eliminar danos evitáveis nos cuidados de saúde

Segundo a OMS, o primeiro passo para melhorar a Segurança do Paciente é entender quais são as políticas necessárias para eliminar os danos, participar, apoiar, fomentar e facilitar programas de segurança do paciente. Uma recomendação mais prática do órgão aos serviços de saúde é a criação de uma carta nacional de segurança do paciente. Considerando os direitos e responsabilidades dos pacientes e profissionais de saúde como um fio condutor para todas as ações necessárias, a fim de promover a segurança do paciente em diferentes níveis.

O reconhecimento da Segurança dos Pacientes como uma prioridade de saúde nas políticas públicas é, na visão da entidade, uma forma de ampliar a cobertura universal de saúde e impactar mais vidas de forma positiva.

 

  • Criação e fortalecimento de sistemas preventivos contra danos a saúde

Não é novidade que todos os profissionais de saúde devem registrar com qualidade todas as informações referentes ao atendimento prestado para o paciente renal.  Uma forma de aproveitar esses registros para melhorar a qualidade do atendimento é mapear, por meio de um olhar estratégico para os prontuários, os principais riscos à saúde dos pacientes e possíveis problemas que podem surgir durante as sessões de hemodiálise/ou diálise. A fim de criar uma espécie de “banco de dados” que pode ajudar na elaboração de medidas preventivas contra essas ocorrências.

Dica: Experimente criar um time especializado no registro e na análise dessas informações e observe as mudanças.

 

  • Crie grupos de trabalho especializados em segurança do paciente

Quanto maior o serviço de saúde, maiores são os desafios. Por isso, uma alternativa para implementar processos de melhoria é investir na criação de grupos de trabalho. Um time responsável pela liderança clínica, por exemplo, pode ajudar a avaliar os procedimentos operacionais que envolvem a hemodiálise, desde a esterilização do dialisador até o suporte para o paciente renal após a sessão. Esses profissionais podem atuar como auditores e serem responsáveis por avaliar o que está dando certo, e o que precisa de uma reformulação dentro do serviço para atender o paciente renal com o máximo de segurança e respeito. Fica a dica!

Confira no vídeo as dicas da Enfermeira Fernanda Pirotta

Sobre a Allmed Pronefro Brasil

Há mais de 20 anos, a missão da Allmed Pronefro é salvar e transformar a vida de pacientes renais. Para que isso seja possível, estamos sempre atentos à inovação e a tudo o que é necessário para aperfeiçoar os produtos ofertados. Temos consultores comerciais especializados em todas as cidades brasileiras e estamos sempre à disposição para atender e tirar as dúvidas dos nossos parceiros e clientes.

 

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