Endotoxemia e o paciente renal: entenda as causas, sintomas e tratamentos
A endotoxemia e o paciente renal têm uma relação direta e importante, especialmente aqueles em hemodiálise ou com doença renal crônica (DRC).
Pacientes renais estão mais vulneráveis, o que pode agravar seu estado clínico e aumentar o risco para inflamação crônica, complicações cardiovasculares e agravamento da função renal.
Neste artigo, explicamos o que é a endotoxemia, porque ela é mais comum em pacientes renais, quais são as causas e sintomas mais frequentes, e quais estratégias são indicadas para a prevenção e tratamento desse quadro.
Endotoxemia: por que o paciente renal é mais vulnerável a essa complicação?
Pacientes com insuficiência renal, principalmente aqueles em hemodiálise, têm o sistema imunológico comprometido e barreiras fisiológicas menos eficientes. Frequentemente apresentam níveis elevados de endotoxinas no sangue, mesmo sem infecção ativa. Isso ocorre por:
- Translocação intestinal: a barreira do intestino pode estar prejudicada pela uremia (acúmulo de toxinas), permitindo a passagem de endotoxinas.
- Acúmulo por depuração renal insuficiente: o rim doente não consegue eliminar moléculas inflamatórias e toxinas eficazmente.
Esse estímulo contínuo das endotoxinas ativa o sistema imune, gerando um estado inflamatório persistente, o qual é um dos fatores de risco para doença cardiovascular em pacientes renais.
Então, para entendermos melhor como a endotoxina funciona no organismo do portador da DRC, vamos conhecer melhor esse problema.
O que é a endotoxemia? Qual o risco à saúde do paciente renal?
Endotoxemia é a presença de endotoxinas no sangue, geralmente associada a uma resposta inflamatória sistêmica.
As endotoxinas são componentes da parede celular de bactérias gram-negativas, especialmente o lipopolissacarídeo (LPS), que podem ser liberadas durante infecções, lesões ou até em distúrbios intestinais.
Segundo uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, através da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), as “Endotoxinas são substâncias pirogênicas de natureza lipopolissacarídica, resultantes da autólise de paredes celulares de bactérias Gram-negativas”
As endotoxinas são liberadas quando essas bactérias morrem. Em níveis elevados, essas toxinas desencadeiam uma resposta inflamatória intensa, que pode levar a danos celulares, sepse e até insuficiência de múltiplos órgãos.
Além dessas complicações, os pacientes renais acometidos da endotoxemia podem apresentar diversos outros sintomas, que podem ser discretos no início, mas que tendem a se agravar rapidamente, caso não sejam tratados a tempo.
Dessa forma, é preciso ficar atento para alguns sintomas, como:
- Febre persistente;
- Fadiga extrema;
- Pressão arterial baixa – hipotensão;
- Dificuldade respiratória;
- Confusão mental;
- Edema generalizado;
- Taquicardia.
Quais são as causas da endotoxemia?
Os pacientes renais podem desenvolver a endotoxemia a partir de diferentes fatores. As principais causas desse problema são as infecções bacterianas, disbiose intestinal, doenças hepáticas, diálise inadequada e inflamação sistêmica crônica.
Agora, vamos entender cada uma dessas causas e como elas podem ocorrer?
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Infecções bacterianas
Como pneumonias, infecções urinárias e infecções de cateter – em pacientes em hemodiálise são causas frequentes de endotoxemia.
Ressaltamos que os lipopolissacarídeos (LPS) são liberados na corrente sanguínea do paciente renal, durante a morte ou multiplicação dessas bactérias, sendo as mais comuns a Escherichia coli e Salmonella.
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Doenças hepáticas
O fígado é responsável por remover endotoxinas do sangue. Quando há disfunção hepática, esse processo pode ser prejudicado.
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Disbiose Intestinal
A disbiose intestinal, a qual é o desequilíbrio das bactérias boas e ruins no intestino, é outra causa importante de endotoxemia, especialmente nos pacientes renais.
Isso acontece porque, devido ao aumento das bactérias gram-negativas, além de uma barreira intestinal comprometida, as endotoxinas encontram facilidade para atravessar o intestino e atingir a corrente sanguínea. Com isso, ocorre a inflamação crônica e silenciosa.
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Inflamação Sistêmica Crônica
A inflamação sistêmica crônica está presente no quadro clínico do portador da DRC. Desse modo, pode facilitar a entrada e ação das endotoxinas.
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Contaminação da água usada na diálise
É possível contrair a endotoxemia através da água utilizada na diálise? Sim, esse é um fator de risco, ainda que seja considerado raro.
Por isso, a qualidade da diálise – mais especificamente da hemodiálise – é essencial para a prevenção da endotoxemia.
Se não houver um criterioso controle de qualidade da água usada na hemodiálise, o paciente pode ser exposto a endotoxinas que entram diretamente na corrente sanguínea.
Inclusive, alguns estudos afirmam que muitos dos riscos aos quais os pacientes renais estão submetidos relacionam-se à qualidade da água.
Daí a importância das clínicas e hospitais especializados em hemodiálise, obedecerem ao que determina a RDC nº 11/2014, que diz que “A qualidade da água potável deve ser monitorada e registrada diariamente pelo técnico responsável (…) em amostras coletadas na entrada do reservatório de água potável e na entrada do subsistema de tratamento de água para hemodiálise”.
No artigo Osmose reversa: por que a qualidade da água é essencial para o sucesso da hemodiálise?, que você encontra aqui mesmo no blog da Allmed, é possível entender por que “a osmose reversa é fundamental para evitar qualquer tipo de contaminação na água utilizada durante as sessões de hemodiálise”.
Principais complicações causadas pela endotoxemia na saúde do paciente renal?
A endotoxemia pode levar a diversas e sérias complicações clínicas, que não só afetam a qualidade de vida, como também aumentam a mortalidade do paciente renal.
Entre as principais complicações causadas pela endotoxemia, estão:
- Agravamento da inflamação sistêmica
Como já mostramos, a inflamação sistêmica é uma condição que faz parte do quadro clínico do paciente renal, sendo, inclusive, uma das causas facilitadoras da endotoxemia.
Porém, com esse distúrbio instalado no organismo do paciente renal, pode ocorrer o agravamento dessa inflamação sistêmica, levando à aceleração da perda da função renal residual.
- Desenvolvimento da doença cardiovascular
O agravamento da inflamação sistêmica crônica – causado pela endotoxemia – contribui para o surgimento de outras complicações graves, como a aterosclerose, o qual é o acúmulo de placas nas artérias.
A aterosclerose é responsável pelo desenvolvimento de doenças cardiovasculares, que podem levar ao infarto, AVC e insuficiência cardíaca, responsáveis pela maior causa de mortalidade de pacientes de DRC.
- Maior Suscetibilidade à Sepse
Quando o paciente fica exposto às endotoxinas por muito tempo, o sistema de defesa do corpo pode ficar descontrolado.
Muitas vezes, o sistema imune reage de forma descontrolada, causando inflamação exagerada, e outras vezes fica enfraquecido, deixando o corpo mais vulnerável a infecções.
Isso predispõe o paciente a infecções recorrentes e aumenta o risco de sepse – a evolução mais grave da endotoxemia – uma condição potencialmente fatal, caracterizada por uma infecção generalizada.
Como é feito o tratamento da endotoxemia em pacientes renais?
O tratamento da endotoxemia em pacientes renais deve ter início imediato, tão logo seja feito o diagnóstico.
Isso porque, como já falamos antes, os sintomas podem se agravar rapidamente e evoluir para complicações mais graves.
Geralmente, o tratamento é multidisciplinar e inclui diversas estratégias, visando remover as toxinas acumuladas na corrente sanguínea do paciente renal e restaurar o equilíbrio do organismo. Vamos conhecer algumas delas:
- Identificação e controle da fonte de infecção, através do uso de antibióticos específicos para eliminar bactérias gram-negativas.
- Controle rigoroso da pressão arterial e dos parâmetros metabólicos, através do suporte hemodinâmico.
- Aplicação de terapias anti-inflamatórias, com o uso de medicamentos que modulam a resposta inflamatória.
- Introdução de uma dieta adequada para restaurar a microbiota intestinal saudável e fortalecer o sistema imunológico, feita com acompanhamento de um nutricionista.
- Melhoria na qualidade da água e dos equipamentos de diálise, para garantir que os processos de purificação sejam eficientes, evitando a exposição a endotoxinas.
Qual a importância da qualidade dos equipamentos de diálise na prevenção da endotoxemia?
Quando falamos em segurança do paciente renal, a qualidade dos equipamentos de diálise é um fator que não pode ser esquecido.
Nesse caso, o uso de equipamentos da mais alta qualidade – como o dialisador – é considerado fundamental na prevenção da endotoxemia.
A utilização de equipamentos de hemodiálise fabricados com materiais de baixa qualidade, com falhas microscópicas nas membranas ou sem certificações adequadas — como as normas ISO ou as RDC da Anvisa — compromete a segurança do tratamento.
Tais equipamentos podem não oferecer barreiras eficazes contra endotoxinas presentes no fluido de diálise, permitindo sua entrada na corrente sanguínea do paciente e aumentando o risco de reações inflamatórias e infecções sistêmicas.
Desse modo, unidades de saúde que prestem serviços de hemodiálise, devem priorizar a aquisição de dialisadores que tenham as seguintes características:
- Membranas biocompatíveis (como a polisulfona) que apresentam alto grau de biocompatibilidade, projetadas para impedir a passagem de endotoxinas.
- Controle de ultrafiltração eficiente, que pode evitar o refluxo do fluido de diálise contaminado para o sangue do paciente.
- Sistema de esterilização a vapor em autoclave, um dos mais modernos e recomendados por ser altamente eficiente para evitar o risco de contaminação do paciente.
- Certificações de qualidade e registros de segurança comprovados por órgãos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): equipamentos com selos de qualidade passam por testes rigorosos de filtração e segurança microbiológica.
Allmed Brasil: excelência em equipamentos médicos hospitalares para o tratamento renal
Neste artigo, abordamos a relação entre a endotoxemia e o paciente renal, mostrando que essa complicação pode colocar em risco a vida do portador da DRC, em tratamento de hemodiálise.
Dessa forma, entre outros fatores, a qualidade dos equipamentos de diálise – em especial o dialisador – é fundamental para evitar a contaminação da endotoxemia.
A Allmed Pronefro, que prioriza a segurança e o bem-estar do paciente renal, se preocupa sempre em entregar produtos com registros e certificados de segurança e qualidade comprovados por órgãos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A empresa faz parte da Allmed Group, localizada no Reino Unido, que investe constantemente em inovação, pesquisa, alta tecnologia e profissionais altamente qualificados, para projetar o que há de mais moderno e avançado em equipamentos de diálise.
Isso se verifica no dialisador Allmed, um dos principais produtos distribuídos pela empresa, líder no mercado internacional e nacional.
O dialisador Allmed é um instrumento projetado com:
- Membrana de polisulfona aprimorada, considerada a mais biocompatível existente no mercado, o que garante mais segurança e bem-estar ao paciente renal em hemodiálise;
- Tecnologia exclusiva de micro-ondulações, que possui uma alta capacidade de retenção de endotoxinas;
- Esterilização através do método a vapor em autoclave, considerado o mais recomendado por ser mais eficiente para evitar o risco de contaminação do paciente.
- Membrana de alto fluxo, ou seja, elevada capacidade de remoção de toxinas de alto peso molecular do organismo do paciente renal, como a endotoxina.
Quer conhecer melhor tudo o que a Allmed Pronefro tem para oferecer para o seu paciente? Entre em contato com um consultor pelo WhatsApp! Você também pode acessar o site da empresa e conhecer todos os produtos da Allmed.
A Allmed está pronta para recebê-lo!
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