Periodicidade dos exames na hemodiálise:como monitorar a eficácia e a segurança do tratamento
O sucesso dos exames na hemodiálise vai muito além da máquina: ele começa com o monitoramento contínuo da saúde do paciente.
Exames laboratoriais e de imagem realizados com regularidade são indispensáveis para acompanhar a evolução clínica, garantir a eficácia da terapia renal substitutiva e prevenir complicações antes que elas se agravem.
Esses exames não somente revelam se o tratamento está surtindo efeito, mas também orientam ajustes médicos importantes ao longo do processo. Por isso, entender quais análises devem ser feitas — e o que cada uma delas revela — é fundamental para profissionais da saúde, pacientes e familiares.
Neste artigo, você vai descobrir quais são os principais exames solicitados durante a hemodiálise, como interpretá-los e por que a escolha dos equipamentos certos, como o dialisador, faz toda a diferença para a segurança e qualidade de vida do paciente renal.
Siga a leitura e aprofunde seus conhecimentos sobre o papel dos exames na hemodiálise.
Como os exames que avaliam a eficácia da hemodiálise podem ajudar no tratamento do paciente renal?
Segundo o artigo publicado pelo Jornal Brasilero de Nefrologia (JBN) onde cita, que: “Em sua fase mais avançada (chamada de fase terminal de insuficiência renal crônica IRC), os rins não conseguem mais manter a normalidade do meio interno do paciente”. Isso quer dizer que os rins do paciente não estão funcionando corretamente.
Sabemos que, atualmente, a DRC é um sério problema de saúde pública. Segundo o Boletim Epidemiológico de 2024 – que mostra o cenário da doença renal crônica no Brasil – dados coletados do Sistema de Informações da Atenção Básica (Sisab), indicam que de 180.510.202 pessoas cadastradas na Atenção Primária à Saúde (APS), 227.478 tinham a sinalização de DRC.
O Boletim Epidemiológico mostra um cenário preocupante, levando ao “reconhecimento desta condição como um dos grandes desafios à saúde pública mundial deste século”.
Para os pacientes que já foram diagnosticados com a DRC e já se encontram em hemodiálise, a vigilância regular através dos exames laboratoriais devidamente orientados por diretrizes clínicas é fundamental. E quais são esses exames?

Quais os exames que o paciente renal em hemodiálise precisa fazer?
São vários os exames clínicos aos quais os pacientes renais precisam se submeter periodicamente, pois servirão como parâmetros para tomadas de decisão durante o tratamento.
Existe uma determinada periodicidade para que os principais exames na hemodiálise, recomendados sejam realizados, conforme orientações clínicas adotadas nos serviços de nefrologia. Eles podem ser mensal, trimestral, semestral e anual.
Exames na hemodiálise Mensais
Os exames laboratoriais que os pacientes renais precisam realizar mensalmente, ajudam a monitorar o estado geral do organismo e os efeitos da hemodiálise. São eles:
- Hematócrito e Hemoglobina
Estes exames avaliam a presença de anemia, comum em pacientes renais crônicos devido à produção insuficiente de eritropoetina pelos rins.
Enquanto o hematócrito acompanha os níveis de glóbulos vermelhos na corrente sanguínea, a hemoglobina mede a capacidade de transporte de oxigênio. Controlar esses parâmetros colabora para regular as doses de eritropoetina e ferro.
- Ureia pré e pós-diálise + KT/V
A dosagem da ureia serve para medir a eficiência da remoção de toxinas. O exame de ureia deve ser realizado antes e depois da hemodiálise. Com os valores da dosagem desse resíduo nitrogenado, calcula-se um importante indicador, o KT/V.
O KT/V é um Índice que avalia o quanto de ureia foi removido em relação ao volume de água corporal do paciente, sendo uma medida essencial para avaliar a eficácia da hemodiálise.
Esses parâmetros são fundamentais para ajudar os profissionais de saúde a ajustar o tempo de sessão, o fluxo sanguíneo e a frequência da hemodiálise.
➔ Saiba mais em: KTV: o que é, e como esse parâmetro ajuda a mensurar a qualidade da hemodiálise.
- Transaminase Glutâmica Pirúvica (TGP)
O TGP (Transaminase Glutâmica Pirúvica) é uma análise clínica importante em pacientes renais em hemodiálise, porque avalia a função hepática.
Este exame – também conhecido como ALT (Alanina Aminotransferase) – é essencial porque elevações no TGP podem sugerir hepatite viral, uma complicação muito comum entre pacientes renais devido à maior exposição a procedimentos invasivos e transfusões.
É importante que quando a TGP estiver elevada, o médico deve solicitar os exames AntiHBc IgM, HBsAg e AntiHCV para investigar hepatites B e C.
- Glicemia (para pacientes renais diabéticos)
A diabetes é uma das principais causas da insuficiência renal e deve ser controlada rigorosamente em pacientes renais diabéticos, isso porque, a hemodiálise pode complicar o controle da glicemia. Por isso, este exame é fundamental para controlar o nível de glicose no sangue, devendo ser realizado todos os meses.
- Creatina – no primeiro ano de tratamento
A dosagem da creatina é um importante marcador da função renal, sendo possível verificar a capacidade dos rins de filtrar o sangue e remover resíduos.
Desse modo, é uma avaliação clínica fundamental no acompanhamento do metabolismo e da função renal residual, além de ser complementar à análise da ureia no acompanhamento clínico e nutricional.
Embora os pacientes já estejam em diálise, o acompanhamento – mensal no primeiro ano de tratamento – ajuda a avaliar a progressão da doença residual e o ajuste da terapia.
Desse modo, é possível fazer o monitoramento da hemodiálise, ajudando a garantir que a terapia está obtendo os resultados desejados.
Exames na hemodiálise Trimestrais
Os exames trimestrais são para uma avaliação mais sistêmica, ou seja, uma análise mais completa que leva em consideração as consequências da DRC em outros órgãos do corpo, como o coração, os pulmões e os ossos.
Entre os exames trimestrais que o paciente renal precisa fazer, estão:
- Hemograma completo
O hemograma completo é importante para monitorar a saúde hematológica do paciente renal, analisando a hemoglobina, hematócrito e outros indicadores.
Desse modo, é possível diagnosticar a anemia, que é outra complicação muito comum em pacientes renais crônicos em hemodiálise. Além disso, o hemograma ajuda a avaliar a resposta ao tratamento, permitindo ajustes na terapia.
- Índice de Saturação de Transferrina e ferritina
Juntos, esses dois exames avaliam as reservas de ferro no organismo. A análise periódica dessas proteínas é importante para o controle da anemia e da eficácia do tratamento com eritropoetina.
- Fosfatase Alcalina (FA) e Paratormônio (PTH)
São análises laboratoriais relacionadas ao metabolismo mineral ósseo, que podem identificar problemas relacionados à função renal.
A fosfatase alcalina é uma enzima que indica se há uma atividade óssea aumentada, enquanto o PTH é um hormônio que controla o cálcio e o fósforo. Alterações nesses dois elementos podem causar doenças ósseas renais, como osteodistrofia.
- Proteínas totais e frações – Albumina e globulinas
São indicadores confiáveis do estado nutricional e inflamatório do paciente. A albumina é sintetizada pelo fígado, e sua diminuição pode indicar complicações hepáticas no paciente renal.
- Hemoglobina Glicada (HbA1c) Este exame possibilita avaliar o controle da glicemia nos últimos 2-3 meses em pacientes com diabete, que estão em tratamento de hemodiálise.
Exames na hemodiálise Semestrais
Assim como outros exames a que o paciente renal precisa ser submetido periodicamente, os análise laboratoriais a cada seis meses são essenciais. Eles servem para monitorar a condição geral do paciente e ajustar o tratamento.
- Vitamina D
Este exame é importante para analisar a saúde óssea e imunológica. Em pacientes renais em hemodiálise, a deficiência da vitamina D pode estar relacionada ao risco de complicações, entre elas o aumento da pressão arterial, problemas cardiovasculares e infecções.
Além disso, pode contribuir para o desenvolvimento de doenças ósseas, como a osteoporose. ]
- Anti-HBs (anticorpos contra hepatite B)
É um exame específico para detectar doenças infecciosas, como a hepatite B. Se os níveis estiverem baixos, é indicado a realização de reforço vacinal.
Exames na hemodiálise Anuais
A realização de exames anuais é indicada para um check-up amplo, também com o objetivo de monitorar a saúde e a função renal do paciente. São eles:
- Colesterol Total e Frações, triglicerídeos
Esses exames são essenciais para monitorar o risco cardiovascular, que em pacientes renais é elevado. A diálise por si só não corrige dislipidemias – alterações nos níveis de gorduras (lipídios) no sangue – sendo necessária intervenção dietética e medicamentosa.
- Alumínio Sérico
Para o paciente renal em hemodiálise, o exame de alumínio sérico também é considerado de extrema importância, pois a capacidade de expelir esse elemento diminui.
Altas concentrações estão associadas à intoxicação por alumínio, podendo causar encefalopatia e osteopatia.
- TSH, T4
Os exames de TSH e T4 servem para o controle da tireoide, pois o hipotireoidismo é comum em pacientes renais e agrava sintomas como fadiga e depressão.
- Sorologia para HIV
O rastreamento anual do HIV é obrigatório para segurança do paciente e da equipe, devido ao risco de contaminação em ambientes de saúde.
Exames de imagem
Os exames de imagem também devem ser realizados uma vez por ano, para controle do estado geral do paciente, detectar possíveis alterações cardiovasculares e o risco de infecções e complicações. Entre os principais exames de imagem estão:
- Raio-X de Tórax (PA e Perfil);
- Ultrassonografia Renal e de Vias Urinárias;
- Eletrocardiograma.
Peso Seco e avaliação clínica
Além dos exames laboratoriais e de imagens periódicos que o paciente renal deve fazer, ainda é necessário o controle do peso seco, ou seja, a medição do peso ideal do paciente após a remoção de líquidos durante a diálise.
O controle do peso seco é um dado clínico essencial, uma vez que o ganho excessivo de peso entre as sessões pode indicar ingestão hídrica inadequada ou falhas no regime de diálise. Esse controle é feito logo após a realização da hemodiálise.
Então, como você pode conferir, são diversos os exames que o paciente renal em hemodiálise precisa fazer para avaliar se o tratamento está surtindo o efeito esperado.
Os exames solicitados têm um papel estratégico no acompanhamento da saúde e na prevenção de complicações. Mas, não é só isso. Outro fator extremamente importante pode garantir mais eficácia, segurança, qualidade de vida e longevidade ao paciente renal crônico: o uso de dialisadores de qualidade comprovada pelas clínicas e hospitais especializados.
Como equipamentos de qualidade podem influenciar no tratamento do paciente renal em hemodiálise
Durante o tratamento em hemodiálise, o uso de equipamentos de alta qualidade é fundamental para garantir a segurança, a eficácia e o bem-estar do paciente renal.
Em um estudo realizado sobre “Segurança do paciente em clínicas de hemodiálise: percepção da equipe de enfermagem”, profissionais da área destacaram a importância de equipamentos modernos e de qualidade para um funcionamento seguro, pois enfatizaram “uma vez que equipamentos antigos e escassos são barreiras durante a assistência segura”.
Nesse processo, o dialisador – um filtro artificial – é um dos principais componentes da hemodiálise, por ser responsável por filtrar substâncias tóxicas e resíduos metabólicos do sangue, enquanto elementos essenciais, como proteínas e células sanguíneas, são preservados.
Desse modo, a qualidade do capilar influencia diretamente na eficiência dessa filtragem e, como consequência, na resposta clínica do paciente ao tratamento.
Entre os diversos benefícios que um dialisador de qualidade pode oferecer ao paciente renal em hemodiálise, podemos destacar:
- Filtragem e purificação do sangue
Um dos principais – um dos mais importantes – benefícios que um dialisador eficiente oferece para o paciente renal, é a remoção eficaz das toxinas e do excesso de líquidos do sangue.
- Controle da pressão arterial
Com a remoção do excesso de líquidos e eletrólitos, o tratamento feito com um equipamento moderno e eficiente contribui para o controle da pressão arterial e redução do risco de doenças cardiovasculares.
- Melhora da qualidade de vida
A melhora da qualidade de vida do paciente renal também é um dos benefícios que o dialisador de qualidade reconhecida pode oferecer. Isso porque, pode aliviar sintomas como fadiga, náuseas e falta de ar, contribuindo para uma melhor qualidade de vida dos pacientes.
- Redução de efeitos colaterais
Dialisadores projetados com alta tecnologia oferecem maior fluxo e mais eficiência na remoção de moléculas médias e pequenas. Além disso, podem reduzir a ocorrência de efeitos colaterais, como cãibras e hipotensão.
- Menor risco de infecções e complicações
Dialisadores que utilizam membranas de polisulfona, contribuem para prevenir a contaminação do sangue e reduzir o risco de infecções e outras complicações.
- Maior controle da anemia e doença óssea
Controlar a anemia e a doença óssea – que são comuns em pacientes renais – é um dos resultados da hemodiálise. Isso acontece através da remoção de substâncias que causam essas complicações.
- Remoção de toxinas com mais eficácia
Os dialisadores de alto fluxo podem também remover um volume maior de toxinas e eletrólitos.
- Dieta menos restritiva
A redução de restrições alimentares – permitindo aos pacientes uma dieta mais flexível – é também um efeito da hemodiálise eficaz.
Dessa forma, podemos concluir que um dialisador de qualidade é indispensável para uma hemodiálise que possa oferecer resultados positivos. Isso contribui significativamente para a melhora da saúde, bem-estar e qualidade de vida dos pacientes renais.
Conheça mais sobre os dialisadores, acesse o artigo: Dialisadores: são todos iguais ou similares?.
Como escolher um dialisador de qualidade?
Para que as clínicas e hospitais especializados possam escolher um dialisador de qualidade comprovada é preciso analisar alguns fatores considerados de extrema importância.
Assim, antes de optar por uma determinada marca, as empresas devem analisar se estes equipamentos oferecem benefícios como:
- Melhor biocompatibilidade: capilares biocompatíveis reduzem reações inflamatórias e aumentam a tolerância do paciente ao tratamento;
- Maior eficiência na depuração: dialisadores de alto fluxo e membranas de última geração melhoram a remoção de toxinas, contribuindo para um controle mais eficaz dos sintomas e da progressão da doença;
- Redução do risco de complicações: dispositivos confiáveis ajudam a prevenir infecções, coágulos e desequilíbrios eletrolíticos;
- Conforto e segurança: equipamentos modernos e fabricados com a mais alta tecnologia são mais precisos, silenciosos e ergonômicos, oferecendo uma experiência mais segura e tranquila tanto para pacientes quanto para profissionais da saúde.
Portanto, é importante entender que aliado aos exames periódicos e o acompanhamento médico, o controle do uso de dialisadores com certificações reconhecidas e procedência confiável garante que o tratamento seja realizado de acordo com padrões internacionais de qualidade, o que é essencial em unidades de saúde especializadas.
Dialisador Allmed: a qualidade e segurança que o paciente renal precisa
Os exames laboratoriais são a espinha dorsal da prática clínica na hemodiálise. Eles fornecem a base informacional para uma abordagem terapêutica eficaz, permitindo o monitoramento rigoroso da adequação da diálise.
A compreensão aprofundada e a utilização inteligente desses dados são indispensáveis para otimizar o desempenho clínico, melhorar a qualidade de vida e prolongar a sobrevida dos pacientes em hemodiálise.
Então, em um tratamento que exige constância, confiança e precisão – como a hemodiálise -cada detalhe faz a diferença, e a qualidade dos equipamentos é um dos pilares para o sucesso do tratamento renal.
Para entregar o que há de mais moderno no atendimento em hemodiálise, a Allmed trabalha diretamente com o dialisador Allmed, projetado com a mais alta tecnologia, para atender a todas às normas de segurança estabelecidas pela legislação brasileira.
Além disso, o equipamento visa levar – além de segurança – mais conforto, qualidade de vida e efetividade terapêutica ao paciente renal.
O dialisador Allmed é fabricado com a membrana mais biocompatível: a polisulfona, desenvolvida com alta tecnologia de micro-ondulações, que garante a mais alta eficiência em resultados de depuração. Possui um sistema inovador de esterilização a vapor em autoclave, um dos mais recomendados por ser mais eficiente para evitar o risco de contaminação do paciente.
E quem é a Allmed Pronefro?
A empresa é subsidiária da Allmed Group, líder mundial na fabricação de produtos especializados para o tratamento dialítico. Portanto, o compromisso da Allmed é estar sempre acompanhando os padrões de excelência global, garantindo a satisfação dos seus clientes.
A missão do grupo é entregar valor e fazer a diferença na vida de todos que, direta ou indiretamente, estão envolvidos no dia a dia do paciente renal em tratamento de hemodiálise.
Então, deseja entregar o que há de melhor e mais moderno para o seu paciente? Acesse o site Allmed Group Brasil e converse com um dos consultores da empresa. Não deixe também de conhecer melhor o blog Allmed, onde você encontra as informações mais atualizadas sobre o tratamento do paciente renal.
Allmed – excelência europeia, presente no Brasil.