Reuso do dialisador em hemodiálise: como prevenir os riscos de contaminação

Reuso do dialisador em hemodiálise como prevenir os riscos de contaminação

O reuso do dialisador em hemodiálise, para os profissionais que trabalham com diálise, é um assunto que sempre causa grande controvérsia e ainda traz muitas dúvidas na hora da prática.  

A reutilização do dialisador na hemodiálise é uma prática amplamente adotada, principalmente, em instituições de saúde especializadas no tratamento de pacientes com insuficiência renal no Brasil. Contudo, para garantir a segurança dos pacientes, é fundamental que tais instituições estejam em conformidade com as diretrizes de segurança estabelecidas pela legislação nacional.

A RDC N° 11 de 13 de março de 2014, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), estabelece os “Requisitos de Boas Práticas de Funcionamento para os Serviços de Diálise”, entre os quais estão os reprocessamentos dos dialisadores.

Mas, quais os cuidados que devem ser observados pelos profissionais da saúde para reduzir os riscos relacionados ao reuso do dialisador?

Neste artigo, iremos abordar esse assunto que é considerado de extrema importância para garantir a segurança de todos os profissionais da saúde envolvidos no procedimento da hemodiálise, mas também, para o paciente renal.

Então, vamos conhecer de perto quais são as principais orientações para evitar que eventos adversos devido ao reprocessamento do dialisador venham a acontecer?

Reuso do dialisador em hemodiálise: a importância do profissional da saúde nessa prática

O reuso do dialisador em hemodiálise, para ser feito de forma segura, deve obedecer todas as orientações previstas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Segundo um Protocolo de Prevenção de eventos adversos relacionados ao reuso de dialisadores e linhas de hemodiálise, do EBESERH – Hospitais Universitários Federais, o processamento correto pode reduzir os riscos de ocorrência de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). 

As IRAS relacionadas à contaminação cruzada ligadas ao reuso do dialisador e linhas de hemodiálise podem causar sérios problemas tanto para o paciente renal quanto para os profissionais de saúde envolvidos no atendimento.

Diante disso, se faz extremamente necessário que sejam observadas todas as medidas de segurança que envolvem o procedimento da hemodiálise, desde o uso do dialisador pelo paciente até o reprocessamento feito pelas equipes responsáveis. 

Reuso do dialisador em hemodiálise como prevenir os riscos de contaminação

 

Mas, o que diz a legislação brasileira quanto ao reuso dos dialisadores e linhas de hemodiálise?

RDC N° 11, de 13 de março de 2014: quando o reuso dos dialisadores e linhas de hemodiálise é permitido?

Após a hemodiálise, o dialisador e as linhas usadas no tratamento devem passar pelo reprocessamento. Como é feito esse processo?

Segundo a RDC N° 11, de 13 de março de 2014, que estabelece os requisitos de boas práticas para o funcionamento dos serviços de diálise, o reprocessamento em diálise é o “conjunto de procedimentos que envolvem desde a retirada do dialisador do paciente, incluindo a limpeza, verificação da integridade e medição do volume interno das fibras, esterilização, registro, armazenamento e enxágue imediatamente antes da instalação e uso no mesmo paciente”.

O artigo 27 da resolução diz que o reuso dos dialisadores só não será permitido em alguns casos, entre eles estão aqueles “que não possuam capilares com membrana biocompatível”.

Outro ponto importante que a RDC N° 11 orienta é o uso máximo de 20 vezes do dialisador pelo mesmo paciente (art.28). Além disso, é obrigatório verificar “a medida do volume interno das fibras em todos os dialisadores antes do primeiro uso e após cada reuso subsequente”.

O controle do volume interno das fibras do dialisador deve ser feito, porque caso o instrumento apresente uma redução superior a 20% do seu volume inicial, ele deve ser obrigatoriamente descartado.

No artigo Reuso de dialisadores: o que é, riscos e como funciona?  descubra o processo de reprocessamento que viabiliza o uso do dialisador pelo mesmo paciente.

Vale ressaltar que o artigo traz todas as orientações que o profissional da saúde responsável pela limpeza e desinfecção deve seguir para que o reprocessamento do dialisador seja feito corretamente.

Além disso, é essencial que o reprocessamento do dialisador seja feito por “profissional comprovadamente capacitado para esta atividade”.

Os profissionais da saúde precisam seguir corretamente todas as etapas do reprocessamento, para que o reuso do dialisador de hemodiálise ofereça segurança tanto para o paciente renal, quanto para eles mesmos.

Inclusive, as clínicas e hospitais que prestam o serviço de hemodiálise precisam oferecer para estes profissionais, toda a infraestrutura necessária para o processamento dos capilares.

Essa infraestrutura precisa contar com salas específicas para a lavagem dos dialisadores e o uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) pelos colaboradores.

Reuso do dialisador em hemodiálise: o que são eventos adversos relacionados ao tratamento?

O Relatório da Avaliação Nacional das Práticas de Segurança do Paciente – Serviços de Diálise 2022, divulgado em 2023 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), mostra quais  são os requisitos mínimos para a prática de segurança do paciente em diálise.

Cerca de 488 serviços de diálise que prestam assistência a pacientes com doença renal participaram do levantamento, correspondendo a 59% dos serviços de diálise do país.

Um dos objetivos deste trabalho é ter uma percepção maior sobre os riscos de eventos adversos que podem ocorrer.

O relatório avaliou 18 requisitos considerados essenciais para as práticas de segurança do paciente, entre eles está o “Protocolo implantado de prevenção de eventos adversos relacionados ao reuso dos dialisadores e linhas”.

 

O que são considerados eventos adversos em hemodiálise?

Segundo registros da  Biblioteca Virtual em Saúde (BVSMS), eventos adversos na assistência à saúde – como na hemodiálise, por exemplo – são incidentes que atingem o paciente e resultam em lesão ou dano potencialmente perigoso.

Um relatório publicado pela Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde (GGTES/ANVISA) mostrou que foram notificados – em 2022 – quase 300 mil casos de eventos adversos relacionados à assistência à saúde no Brasil.

A hemodiálise é um procedimento muito suscetível aos eventos adversos (EA).  Isso porque é extremamente invasiva, já que é feita a partir de um acesso venoso, em que o sangue do paciente passa por um sistema de circulação extracorpórea até chegar ao dialisador.

Após o sangue ser filtrado, ele é devolvido para o corpo do paciente. Inclusive, o estado de saúde crítico dos portadores de Doença Renal Crônica (DRC), é outro fator que favorece a ocorrência de EA.

 

Um estudo de 2021 mostrou que os EA de maior prevalência entre os portadores de DRC, são:

  • Fluxo sanguíneo inadequado; 
  • Sangramento pelo acesso venoso;
  • Coagulação do Sistema Extracorpóreo (SE).

Mas, também podemos destacar as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), que podem ser relacionadas à contaminação cruzada originada pelo reuso do dialisador e linhas da hemodiálise.

Práticas seguras no reuso do dialisador em hemodiálise: importância da equipe de profissionais de saúde 

A capacitação da equipe de profissionais da saúde, diretamente envolvida no reuso do dialisador de hemodiálise, é extremamente essencial para as práticas seguras no procedimento.

Os pacientes renais estão mais suscetíveis aos riscos de eventos adversos relacionados ao reuso destes instrumentos. No entanto, a equipe de profissionais de saúde – como enfermeiro e técnicos de enfermagem – também estão expostos aos riscos de contaminação.

Dessa forma, estes profissionais,responsáveis pela assistência direta aos pacientes renais em hemodiálise, precisam estar capacitados para evitar os EA relacionados ao reuso dos dialisadores em hemodiálise.

Uma das mais importantes etapas para o reuso seguro destes instrumentos, é o reprocessamento. Essa etapa também deve ser executada por uma equipe capacitada, obedecendo a todos os protocolos de segurança estabelecidos pelos órgãos de saúde.

Só assim, será possível reduzir os riscos de eventos adversos relativos ao reuso dos dialisadores e linhas de hemodiálise.

Nota: somente dá reuso quem sabe a prática correta, portanto fique atento e monitore sua equipe de profissionais.

Dialisador Allmed: capilares com membrana biocompatível que garantem maior segurança para o paciente renal em hemodiálise

Investir na qualidade e segurança na aquisição do dialisador, e linhas de hemodiálise, é uma forma dos hospitais e clínicas especializadas garantirem um bom tratamento aos pacientes renais.

A Allmed Pronefro tem o objetivo de tornar a hemodiálise um procedimento mais seguro para o paciente renal. Desse modo, a empresa – subsidiária da Allmed Group – é responsável pela distribuição, no Brasil, dos produtos para hemodiálise.

O dialisador capilar Allmed é o principal produto da empresa e é um dos líderes no mercado mundial. Através desse importante instrumento, a empresa entrega mais qualidade de vida ao paciente renal crônico. Fabricado com uma nova membrana de Polisulfona de produção própria, dispõe da Tecnologia de Micro-Ondulação, proporcionando um maior desempenho, melhorando a sua eficiência e biocompatibilidade.

Vale destacar que o dialisador capilar Allmed é fabricado através do método de esterilização a vapor em autoclave, considerado o mais seguro pelos especialistas e recomendado pela farmacopeia europeia.

O artigo Esterilização dos dialisadores:saiba porque o método autoclave é o mais recomendado, que você encontra aqui no blog da Allmed, destaca que “a esterilização a vapor é mais biocompatível com o organismo humano, menos agressiva e garante a segurança e qualidade que o paciente precisa ter durante as sessões de diálise”.

Conclusão

Para que o reuso do dialisador em hemodiálise seja uma prática segura, tanto para os pacientes renais quanto para os profissionais de saúde, é preciso seguir os protocolos de segurança previstos pelos órgãos de saúde. Sendo assim, o hospital ou clínica deve investir em uma equipe especializada nas boas práticas e manuseios dos produtos para garantir um tratamento adequado e seguro ao paciente.

Além disso, investir na compra de produtos de exceleência e de origem segura para sua clínica ou hospital é uma maneira de garantir mais qualidade de vida e longevidade para seu paciente renal.

É isso que a Allmed Pronefro oferece ao investir em produtos com alta tecnologia para entregar mais segurança e tranquilidade para quem realmente importa: o paciente.

 

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Obrigado pela leitura! E até a próxima.

 

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