Exercício físico e o paciente renal: a prática é um aliado contra a evolução da doença

O exercício físico e o paciente renal podem se tornar importantes parceiros na luta contra a doença renal crônica (DRC).

Inclusive, estudos mostram que a prática pode ser uma importante aliada na luta contra a evolução da DRC.  

Mas, uma dúvida muito comum é se os pacientes renais em diálise podem praticar exercício físico.  

Neste artigo, vamos mostrar que sim, desde que a prática seja feita sob supervisão médica e obedeça a alguns critérios. 

Exercício físico e o paciente renal: quais os benefícios para o portador da DRC 

O exercício físico e o paciente renal formam, juntos, uma força que pode impedir a evolução da doença renal crônica (DRC).  Contudo, sabemos que a DRC pode trazer sérias consequências para o portador da doença. 

Uma dessas graves consequências é a degeneração dos músculos ou a chamada sarcopenia, “definida pela redução da massa, força e função musculares”. 

Segundo um artigo publicado pelo site Veja Saúde, pesquisadores da Universidade de Leicester, na Inglaterra, realizaram um estudo com portadores de DRC, para os quais receitaram três sessões por semana de esteira, bicicleta ergométrica e musculação. 

O resultado, após 12 semanas, foi que “ambos os grupos ganharam musculatura, mas a turma que também puxou ferro ficou consideravelmente mais forte”.  

Então, além do controle da sarcopenia, a prática de exercício físico pode trazer muitos outros benefícios para o paciente renal.  

Aliás, um dos maiores benefícios que o exercício físico pode trazer para o paciente em diálise é evitar a progressão da doença. 

 

 

O que é a DRC: entenda melhor essa doença. 

A doença renal crônica ou DRC é uma grave doença que causa lesões irreversíveis nos rins, considerados órgãos fundamentais para o funcionamento do corpo humano,  

Só para entendermos a importância dos rins, uma de suas principais funções é filtrar e remover resíduos, impurezas e excesso de água do organismo. 

Então, a DRC causa a perda progressiva e irreversível das funções dos rins. Nos estágios mais avançados, o paciente precisa se submeter a uma das terapias renais substitutivas (TRS), sendo que a hemodiálise é a principal delas.  

Segundo o último Censo Brasileiro da Diálise, realizado pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) em 2022, o Brasil possui 153.831 pacientes renais em diálise. 

Não é à toa que a DRC é considerada um grave problema de saúde pública. 

 

 

Sedentarismo: risco de complicação das doenças cardiovasculares e de morte do paciente renal 

Devido a todas as alterações físicas e psicológicas a que fica exposto o paciente renal em tratamento de diálise, ele passa a apresentar uma predisposição ao sedentarismo. 

Sabe-se que o sedentarismo é um fator de grande influência na complicação das doenças cardiovasculares (DCV) no paciente renal. 

Dessa forma, além de reduzir a qualidade de vida dos portadores de DRC, o sedentarismo ainda contribui para o aumento da mortalidade desse público. 

Por outro lado, estudos mostram que a prática regular de exercício físico pode melhorar a qualidade de vida do paciente renal em hemodiálise e, também, reduzir o risco de morte. 

Entre os exercícios físicos que o paciente renal pode praticar, estão a caminhada, bicicleta ergométrica, musculação e alongamento. 

Vale ressaltar, que um paciente renal em tratamento de diálise só pode se submeter à prática de exercício físico sob acompanhamento do seu médico, de um nutricionista e de um profissional de educação física. 

Para entender melhor como é realizado o tratamento, leia também: Hemodiálise: saiba como funciona o tratamento!  

 

Principais benefícios que o exercício físico pode trazer para o paciente renal 

Há muitos anos, o exercício físico e o paciente renal em hemodiálise tem sido tema de estudos que abordam os benefícios dessa prática. 

Como resultado, após analisar vários estudos, ressaltamos que um dos principais benefícios para o portador da DRC em hemodiálise que mantêm uma frequência nessa prática, é a redução do risco de progressão da doença. 

Desde que acompanhado por uma equipe de profissionais capacitados, é possível estabelecer para o paciente renal um programa de exercícios considerados seguros. 

 

Então, alguns dos principais benefícios do exercício físico para o paciente renal estão: 

• Regularização da pressão arterial; 
• Redução dos níveis de glicose; 
• Melhora da função cardíaca; 
• Melhora da força, da resistência e da morfologia muscular; 
• Redução dos níveis de ansiedade e depressão. 

1. Controle da hipertensão e redução dos níveis de glicose (Diabete) 

Segundo o Ministério da Saúde, a hipertensão e a diabete – as duas doenças de maior ocorrência entre os brasileiros – estão associadas tanto ao surgimento quanto às complicações da doença renal crônica. 

Então, a redução dos níveis de glicose no sangue reduz, também, os riscos da diabete. Para ser considerada sob controle, as taxas de glicose no sangue – chamada de glicemia – precisam estar entre 70 mg/dl e 100 mg/dl.  

Uma pessoa, para ser considerada diabética, precisa apresentar taxas de glicemia a partir de 126 mg/dl. 

Todavia, como você pode observar, entre os benefícios da prática de exercício físico para esse público, estão o controle e regularização dessas doenças. 

 

2. Melhora da função cardíaca 

A hipertensão e a diabete podem levar, inclusive, a complicações cardiovasculares, sendo uma das principais causas da morte entre os pacientes renais em diálise. 

As doenças cardiovasculares são aquelas que afetam o coração e os vasos sanguíneos. Por outro lado, se o paciente estabelecer mudanças de hábitos e incluir a prática de exercício físico diário, é possível melhorar a função cardíaca. 

 

3. Melhora da força, da resistência e da morfologia muscular 

A melhora da força, da resistência e da morfologia muscular é um benefício muito importante para o paciente renal, já que impede o desenvolvimento da sarcopenia. 

Contudo o sedentarismo é uma das principais causas dos problemas musculares enfrentados pelos pacientes de DRC, além das dores, problemas psicológicos e emocionais. 

Porém, muitos estudos mostram que o exercício físico pode mudar esse quadro, tanto no aspecto físico quanto no mental. 

Assim, o portador da DRC em diálise que pratica alguma atividade física pode ter uma significativa melhora na sua capacidade funcional, na força e resistência muscular e, consequentemente, na sua qualidade de vida. 

 

4. Redução dos níveis de ansiedade e depressão 

Os pacientes renais em hemodiálise, geralmente, apresentam níveis elevados de ansiedade e depressão.  

Isso porque a hemodiálise é um tratamento muito rigoroso e debilitante, levando o paciente a muitas limitações físicas e sociais. 

Além disso, através do exercício físico regular, é possível melhorar a autoestima do portador da DRC, além de mantê-los mental e fisicamente ativos. 

Inclusive, essa prática pode criar muitas oportunidades de interação social.  

 

Que tal tentar? São muitos os resultados positivos que a atividade física traz para os pacientes renais 

Então, ainda existe alguma dúvida de que o exercício físico e o paciente renal podem formar uma dupla forte na luta contra a doença renal crônica? 

No caso do paciente renal, ela se torna extremamente importante, ao poder dar a ele mais qualidade de vida, além de força e tranquilidade para enfrentar longas horas de tratamento. 

Como mostramos, além de controlar a diabete, regularizar a pressão arterial e aumentar a força muscular, a prática regular de exercício físico ainda pode reduzir o risco de progressão da doença.  

E talvez esse seja um dos maiores estímulos para o paciente renal começar a se exercitar. Seja uma simples caminhada, quem sabe a musculação ou até a dança. O importante é começar. 

Então, o que acha? Não faltam bons motivos para que o paciente renal – devidamente acompanhado e orientado por seu médico – inicie um programa de exercícios físicos específicos para o seu caso. 

 

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No artigo Modelos e Vantagens dos Dialisadores Allmed Group, você terá uma percepção mais aprofundada das vantagens dos dialisadores Allmed e da efetividade terapêutica que possuem.Confira!

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