Como prevenir a doença renal policística? Alimentação adequada é um caminho!
A doença renal policística atinge, aproximadamente, 01 em cada 400 pessoas. É uma doença caracterizada por sintomas como a dilatação renal e crescimento descontrolado de cistos renais e apesar de ter origens genéticas, também pode ser desenvolvida a partir da influência de fatores socioambientais.
A ausência de cuidados com hábitos alimentares adequados pode ser um gatilho para despertar este diagnóstico. Para estudar a relação entre a doença renal policística e a alimentação, pesquisadores da Universidade da Califórnia (UC Santa Bárbara) realizaram um estudo clínico com 131 pacientes diagnosticados com rins policísticos. Durante os seis meses da pesquisa, os pacientes em questão também adotaram uma dieta cetogênica.
Os pesquisadores investigaram hábitos de vida, mudanças nas condições de saúde existentes, preocupações de segurança e qualidade da função renal. Mais de 64% dos pacientes relataram retardo e melhoras significativas em relação aos sintomas associados à doença renal policística.
Além disso, em média, 90% dos pacientes notaram perda de peso significativa, 64% informaram que a pressão arterial diminuiu e 80% do grupo sentiu melhora significativa na saúde e qualidade de vida de modo geral. Sendo que, aproximadamente 70% das pessoas que participaram da pesquisa eram mulheres, residentes na Alemanha e nos EUA.
Diante disso, as dietas cetogênicas podem ser uma chave para a prevenção da doença renal policística ou melhora do quadro. No entanto, é importante considerar que cada paciente renal vive com suas especificidades. Quer saber mais sobre o assunto? Continue lendo!
Sintomas da doença renal policística
Assim como outras doenças renais, a doença renal policística pode ser silenciosa no início. Ou seja, a pessoa pode ser assintomática e ainda assim ter tendência de desenvolver rins policísticos ou estar com esse diagnóstico em seu estágio inicial. Depois de um tempo, os pacientes acometidos por essa enfermidade geralmente apresentam os seguintes sintomas:
- Hipertensão arterial;
- Dor na parte debaixo das costas;
- Sangue na urina;
- Inchaço na região do abdômen;
- Problemas na bexiga;
- Pedras nos rins;
- Dores de cabeça;
- Náuseas.
Um dos caminhos para prevenir a doença renal policística é fazer exames periódicos e check ups regulares. Quando existe propensão genética ao desenvolvimento desta condição, este cuidado deve ser redobrado. O diagnóstico de doença renal policística é feito por meio de tomografia computadorizada e exames como ultrassom renal.
Outra dica para prevenir a doença renal policística é criar e manter uma rotina saudável, com boa alimentação, hidratação adequada, rotina de exercícios físicos e evitar hábitos como tabagismo e consumo de álcool.
A seguir, vamos falar mais sobre o impacto de cada um desses cuidados na rotina preventiva. Para pessoas que já desenvolveram a doença, ou são consideradas de risco.
Alimentação e doença renal policística: o que você precisa saber
Manter uma alimentação saudável faz bem para a saúde e isso não é novidade. No entanto, quando se trata dos pacientes que vivem com alguma doença renal crônica (DRC), uma dieta saudável não é questão de melhorar a saúde e sim de sobrevivência.
Consumir alimentos com baixa gordura, manter o controle de ingestão de proteínas, níveis de sódio, potássio, fósforo e outras substâncias é essencial para não sobrecarregar os fins e evitar consequências como cansaço, inchaço, paralisia corporal, dores nos ossos, arritmia, dor ao urinar, entre outras.
Nem sempre é fácil adotar esses hábitos na rotina considerando a avalanche de mudanças que o tratamento dialítico causa na vida das pessoas que necessitam de hemodiálise. Assim, contar com o apoio de uma equipe multiprofissional de saúde é fundamental para o sucesso na nova rotina de vida. Profissionais de nutrição são indispensáveis no tratamento renal. Afinal, tudo o que uma pessoa com doença renal policística e outras doenças renais consome pode influenciar na qualidade das sessões de hemodiálise e trazer diversas consequências para o dia a dia.
Dieta cetogênica: o que é, quais são os benefícios?
Uma dieta cetogênica é caracterizada pelo estímulo à redução do consumo de carboidratos(pão, massas, arroz, outros) e aumento no consumo de alimentos ricos em gorduras boas(coco, sementes, nozes, abacate, oléo de oliva, outros). Ou seja: as fontes energéticas do corpo. Ao aderir este estilo de alimentação, a pessoa terá mais facilidade para transformar gorduras em energias e isso previne o desenvolvimento de cistos renais, uma vez que, neste processo, a glicose é substituída.
Também são benefícios comprovados cientificamente pela adesão à dieta cetogênica:
- Redução dos níveis de triglicerídeos;
- Aumento do “colesterol bom”;
- Controle do açúcar no sangue;
- Controle da pressão arterial;
- Melhora os níveis de colesterol ruim.
Principais dúvidas entre pacientes com doença renal policística que decidem fazer dietas
É importante destacar que, apesar das pesquisas indicarem que algumas dietas podem ser benéficas na prevenção de doenças renais policísticas, cada organismo pode reagir de uma maneira em relação às dietas. Por isso, antes de orientar seu paciente a aderir um tratamento, é importante fazer uma avaliação completa de todos os prós e contras e, o paciente também precisa manter um acompanhamento contínuo, pois, se houver qualquer problema, poderá ter suporte para fazer as melhores escolhas.
A seguir, separamos as principais dúvidas que, geralmente, surgem entre os pacientes com doenças renais policísticas que pensam em fazer dieta ou decidiram iniciar uma nova rotina de alimentação.
1. Uma dieta baseada em proteínas é recomendada para o paciente renal?
Quando os rins adoecem, eles param de filtrar toxinas e gorduras. Consequentemente, os pacientes que sofrem de insuficiência renal crônica, por exemplo, possuem maior dificuldade para excretar substâncias como as que são derivadas de proteínas. Logo, dietas hiperproteicas não são recomendadas para pacientes renais.
2. Como funciona a restrição de líquidos em uma dieta?
Independentemente da dieta recomendada pelo nutricionista, o consumo excessivo de líquidos não é aconselhável para pacientes renais. Afinal, o excesso de líquidos gera inchaço, aumenta a pressão arterial e pode causar problemas pulmonares.
São considerados líquidos: água, gelatina, frutas como melancia e abacaxi, sopas, caldos, café, verduras e legumes. Com a chegada de estações como a primavera e verão, o aumento na temperatura é uma consequência e, geralmente, as pessoas sentem a necessidade de beber mais água para se hidratar. Porém, é preciso ter atenção ao que não pode ser feito no caso de pacientes que fazem hemodiálise.
Leia também → Hidratação do paciente renal no calor: tudo o que você precisa saber
3. O que não é indicado em uma dieta cetogênica?
Alimentos ricos em carboidratos como macarrão, além de massas como pizzas, pães e pratos preparados com farinha branca são um alerta vermelho para quem pretende fazer dieta cetogênica. Alguns legumes devem ser restringidos como lentilha, soja, ervilha, grão-de-bico e batata. Doces e alimentos açucarados definitivamente devem ser evitados e cortados do cardápio e os sucos também não são indicados, sobretudo, de frutas. Bolos, chocolates, pizzas, lasanhas, bebidas alcoólicas, produtos processados e dietéticos, leite de vaca, vitaminas, sorvetes.
4. A diálise consegue realmente eliminar as toxinas negativas do organismo?
Sem a diálise, os pacientes renais não conseguiriam viver com qualidade de vida. No entanto, o efeito de uma sessão não dura o tempo todo, 24 horas. Assim, seguir as recomendações nutricionais é o segredo para quem deseja manter os rins saudáveis.
Ao tomar refrigerantes, comer alimentos gordurosos, consumir embutidos, chocolates, frutos-do-mar, sardinhas e frutas como carambola, por exemplo, o risco de complicações é alto. O acúmulo de substâncias presentes nestes produtos gera fraqueza, coceira, inchaços excessivos e piora das doenças renais existentes.
É possível seguir qualquer dieta para evitar a progressão de doenças renais?
Não. Há diversos fatores que devem ser considerados antes de montar uma dieta para um paciente. São eles: idade, presença de comorbidades como diabete e hipertensão arterial, peso, altura, idade e gravidade da insuficiência renal.
Por isso, antes de seguir qualquer dieta encontrada na internet, o ideal é fazer seus exames de rotina, consultar um especialista e pedir uma análise das taxas que indicam o estágio da doença renal policística. Assim, o nutricionista terá um panorama mais completo sobre quais são as restrições e o que é recomendado para a dieta do paciente.
5. Além das dietas, o que deve ser feito no dia a dia para os pacientes com doença renal policística?
Alimentar-se bem difere de simplesmente comer. O alimento pode ser fruto de uma escolha consciente quando se pensa na alimentação, também como um remédio natural onde o objetivo é buscar uma vida mais saudável. Comer, muitas vezes, é um ato que surge da necessidade imediata de saciar a vontade de consumir alguma coisa ou simplesmente de colocar algo no estômago, sem muita reflexão.
Ao decidir por um estilo de vida melhor e mais saudável, o paciente renal tem melhoras. Com nutrição adequada, o risco de comorbidades que pioram a doença renal, tais como pressão alta, diabete e obesidade é bastante reduzido. Afinal, praticar exercícios físicos com regularidade faz bem para a saúde e ajuda a eliminar hábitos sedentários.
Allmed Group Brasil: referência no cuidado com a saúde renal
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Leia também: Linhas de sangue para hemodiálise – saiba como escolher a mais adequada para a sessão
Contudo, está sempre atenta às demandas do mercado e a evolução dos tratamentos renais, a Allmed dispõe de um catálogo completo com linhas de sangue para adultos, recém-nascidos e crianças, prezando pelo conforto terapêutico e saúde de cada vida.
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