Qualidade de vida do paciente renal: qual o papel da nutrição, atividade física e terapias naturais?
A qualidade de vida do paciente renal é um assunto de extrema importância, pois a forma como a pessoa passa a viver – após o diagnóstico de doença renal crônica (DRC) – pode influenciar bastante no resultado do tratamento.
Nesse aspecto, aumentar a qualidade de vida da pessoa com DRC envolve outros fatores também essenciais, como uma nutrição adequada, a prática regular de atividade física e o uso de terapias naturais.
Então, neste artigo, abordaremos a possibilidade de melhorar a qualidade de vida do paciente renal e como as intervenções não farmacológicas podem ser benéficas.
DRC: uma doença silenciosa que afeta uma em cada dez pessoas no mundo
A doença renal crônica (DRC) é uma patologia silenciosa até que já esteja em estágios mais avançados.
A DRC leva à perda progressiva da função renal ao longo do tempo e já é considerado um sério problema de saúde pública mundial. E quando falamos em DRC, os números são alarmantes, pois uma em cada dez pessoas no mundo desenvolve a doença.
O Ministério da Saúde estima que existam mais de dez milhões de pessoas portadoras da DRC no Brasil, sendo que muitas podem nem mesmo saber que têm a doença.
No artigo Doença renal crônica: causas e prevenção , você encontra mais informações sobre a DRC.
É possível ter mais qualidade de vida apesar da DRC?
A diálise a que o paciente renal precisa se submeter implica em longas horas de hemodiálise, levando ao isolamento social, limitações físicas, restrições alimentares, abalos psicológicos e emocionais.
Muitos estudos abordam os impactos negativos que a DRC e o tratamento da doença causam na vida do paciente, tanto no aspecto físico quanto no emocional.
Um estudo publicado pelo Periódico de Psicologia aborda o impacto negativo que a doença tem sobre a Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (QVRS) do paciente renal.
Dessa forma, casos de depressão, demência e até abuso de drogas podem agravar a situação de um portador de DRC, comprometendo não só a sua evolução clínica como também a qualidade de vida.
No entanto, é possível garantir que o paciente renal alcance um maior bem-estar físico e mental mediante atendimentos terapêuticos não farmacológicos mais especializados.
Mas é essencial que ele conte com orientação profissional para trilhar algumas opções de tratamentos alternativos. Vamos ver alguns!
Suporte psicológico e social: qual a importância desse acompanhamento para o paciente em hemodiálise?
A estrutura psicológica e social do paciente renal é afetada de forma extremamente grave, ao longo do tratamento da DRC.
Esse comprometimento gera repercussões pessoais, familiares e sociais na vida desse público.
Um estudo publicado pela Scielo destaca que é “clara a importância da intervenção psicológica em busca de solução das limitações provocadas pela IRC e pelo tratamento, sendo necessária a atuação constante de profissionais da Psicologia”.
Além disso, no aspecto social alguns autores desse estudo afirmam que “o suporte social está vinculado ao aumento da sobrevida em pacientes com insuficiência renal crônica em hemodiálise”.
Neste cenário, é importante destacar a atuação dos Programas de Apoio Psicossocial na melhoria da qualidade de vida dos pacientes em hemodiálise.
Por isso, é importante a integração de psicólogos nas equipes de tratamento renal, já que isso pode reduzir significativamente os níveis de depressão e melhorar a adesão ao tratamento.
Nutrição: como uma dieta adequada pode influenciar no bem-estar do paciente renal?
Uma nutrição adequada – no caso do paciente renal crônico em diálise – é uma das terapias não farmacológicas essenciais para uma maior qualidade de vida do paciente renal.
A desnutrição energético-proteica (DEP) é uma das consequências mais comuns de mortalidade dos pacientes renais, é o que destaca um estudo publicado pelo Jornal Brasileiro de Nefrologia.
Então, para evitar que isso aconteça, é essencial que o paciente renal seja acompanhado por um nutricionista especializado nessa área.
Além disso, o estudo “Nutrição e doença renal crônica (DRC): Apresentação das novas recomendações e padrões alimentares conforme as últimas evidências científicas” mostram que adotar diferentes abordagens nutricionais podem ter um impacto positivo na saúde do paciente renal. Vejamos algumas dietas que são indicadas nesse estudo:
Dieta Mediterrânea
A dieta mediterrânea é baseada na ingestão de alimentos frescos e naturais, como frutas, vegetais, grãos integrais, azeite de oliva e peixes.
Esta estratégia alimentar foi associada a uma menor progressão da DRC e à diminuição de complicações, como “acidose metabólica e redução das toxinas urêmicas, o que contribui para amenizar os sintomas de uremia”, diz o estudo.
Dieta Plant based ou à base de plantas
Como o próprio nome diz, a dieta plant based é voltada, principalmente, para o consumo de alimentos de origem vegetal e redução da proteína animal no cardápio do portador da DRC.
Rica em fibras e antioxidantes, a dieta apresentou resultados satisfatórios para a maior qualidade de vida do paciente renal.
Entre os benefícios que esse padrão alimentar apresenta, estão:
- Declínio mais lento da função renal;
- Controle glicêmico e da secreção de insulina;
- Redução da ocorrência de inflamações e do estresse oxidativo.
Dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension)
A base da dieta DASH são as frutas, hortaliças, cereais integrais, proteínas como frango e peixe, laticínios com baixo teor de gordura e oleaginosas.
Outra característica importante é a redução do consumo de carnes vermelhas, doces e bebidas açucaradas.
Alguns estudos mostraram que ela obteve uma redução da carga de ácido dietético, o que levou a uma diminuição na evolução da DRC.
Atividade física: aliada da qualidade de vida do paciente renal
A atividade física é outra terapia não farmacológica que tem mostrado resultados significativos para a maior qualidade de vida do renal crônico.
São muitos os benefícios que a atividade física oferece para o paciente renal, como:
- Diminuição dos riscos cardiovasculares;
- Redução dos níveis inflamatórios;
- Controle da hipertensão arterial;
- Aumento da força e da capacidade cardiorrespiratória;
- Redução da fadiga e melhora do humor.
Um recente estudo abordou a atividade física como responsável por gerar efeitos positivos na qualidade de vida dos pacientes em hemodiálise.
No entanto, apesar das comprovadas melhoras fisiológicas, psicológicas e funcionais, a atividade física ainda não é uma prescrição rotineira nos atendimentos ao paciente em hemodiálise.
Quanto ao tipo de atividade física, alguns estudos demonstraram que os aeróbicos e de força são seguros para os pacientes renais. Ressaltamos que essas atividades físicas devem ser adequadamente prescritas e acompanhadas por um profissional especializado nessa área.
Saiba mais em: Exercício físico e o paciente renal: a prática é um aliado contra a evolução da doença
Terapias alternativas: práticas eficazes que complementam o tratamento do paciente renal
Conhecidas também como práticas integrativas e complementares, as terapias alternativas ganharam espaço no tratamento do paciente em hemodiálise.
Uma pesquisa da Universidade Federal de Pernambuco aborda os benefícios que as terapias alternativas apresentam na melhoria da qualidade de vida e no tratamento da depressão, muito comum em pacientes de hemodiálise.
Nesse sentido, verifica-se que práticas como ioga, meditação e acupuntura são eficazes para promover um maior equilíbrio físico e emocional do paciente em hemodiálise.
Foram constatados benefícios significativos no tratamento do renal crônico, como redução dos sintomas da depressão, estresse, ansiedade, gestão da dor e melhora na qualidade do sono.
Meditação aliada na qualidade de vida do paciente renal
A meditação, em especial, apresentou evidências de ser uma excelente opção de terapia alternativa complementar ao tratamento convencional do paciente renal crônico.
Um artigo de revisão – publicado em 2021 – aborda os impactos das intervenções baseadas em mindfulness (IBMs) em pessoas submetidas à hemodiálise.
O mindfulness é um tipo de meditação que envolve a atenção plena ao momento presente.
O estudo concluiu que as IBMs “podem oferecer uma terapêutica complementar promissora e segura para pessoas com DRC em hemodiálise, atuando na qualidade de vida e em aspectos físicos da doença”.
A contribuição dos tratamentos naturais e da radiestesia para a qualidade de vida dos pacientes renais crônicos.
Em entrevista com a naturopata e radiestesista Mariana Canto Pereira, ela nos oferece uma visão valiosa sobre a contribuição dos tratamentos naturais e da radiestesia para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes. Com sua vasta experiência na área, Mariana destaca como essas práticas alternativas podem complementar os tratamentos convencionais, promovendo bem-estar físico e emocional, aliviando sintomas e melhorando a vitalidade geral dos pacientes.
Confira o depoimento da naturopata Mariana Canto Pereira:
Como naturopata e radiestesista, tenho atendido pessoas que buscam prevenir e tratar doenças de forma natural, ajudando-os a melhorar sua qualidade de vida. A experiência tem mostrado que, ao integrarmos a alimentação saudável e os fitoterápicos ao cuidado diário desses pacientes, podemos observar melhorias significativas em seu bem-estar.
A alimentação desempenha um papel crucial na gestão da saúde renal. A escolha de alimentos adequados podem aliviar a carga sobre os rins, melhorando sua função e retardando a progressão da doença renal crônica. Dietas ricas em frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras, combinadas com uma ingestão controlada de sódio, potássio e fósforo, são fundamentais. A personalização da dieta segundo as necessidades individuais de cada paciente é essencial, garantindo que recebam os nutrientes necessários sem sobrecarregar os rins.
Os fitoterápicos também são uma parte vital do meu trabalho. Plantas medicinais, como a cavalinha, o dente-de-leão e o quebra-pedra, têm propriedades que podem auxiliar na função renal e no alívio de sintomas associados à doença renal crônica. Utilizo esses fitoterápicos com base em evidências científicas e na sabedoria tradicional, sempre garantindo a segurança e a eficácia dos tratamentos.
A radiestesia complementa esses tratamentos naturais, permitindo uma abordagem mais personalizada e precisa. Através da radiestesia, consigo identificar desequilíbrios energéticos no corpo dos pacientes e ajustar os tratamentos de acordo. Esta técnica auxilia na identificação das melhores opções de fitoterápicos e ajustes na dieta, potencializando os efeitos benéficos.
Em resumo, a combinação de uma alimentação adequada, fitoterápicos selecionados e a radiestesia tem mostrado resultados promissores na melhoria da qualidade de vida de pacientes renais crônicos. Cada paciente é único e merece um tratamento personalizado que respeite suas necessidades e promova o equilíbrio e a saúde. Tenho orgulho de ver como essas abordagens naturais podem transformar vidas, proporcionando mais bem-estar e vitalidade aos meus pacientes.
Conheça mais sobre Mariana Canto Pereira – Naturopata e Radiestesista – (48) 99931 0712
Instagram: @maricantooficial
Allmed por uma qualidade de vida mais saudável ao paciente renal
Ao longo deste artigo falamos sobre a importância da maior qualidade de vida do paciente renal, pois após o diagnóstico da doença renal crônica, a maneira como a pessoa passa a viver pode influenciar no resultado do tratamento.
Nesse cenário, vimos que as intervenções não farmacológicas irão desempenhar um papel crucial no tratamento de pacientes renais.
Dessa forma, a nutrição adequada, a prática regular de atividade física e a utilização de terapias alternativas estão sendo vistas como essenciais para o paciente renal trilhar esse caminho.
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