Tipos de dialisadores: baixo, médio ou alto fluxo? Entenda a diferença!

Tipos de dialisadores Baixo, médio ou alto fluxo

Dialisadores são essenciais para a realização de terapias extracorpóreas como Hemodiálise (HD) e Hemodiafiltração (HDF). Mas, quais os tipos de dialisadores ideais para cada paciente?

Recentemente, a enfermeira especialista em hemodiálise Valquíria Arena, renomada por sua vasta experiência e conhecimento na área da nefrologia, ministrou uma palestra de grande conversão sobre os diferentes tipos de dialisadores e seus tamanhos: baixo, médio e alto fluxo.

A expertise e didática da enfermeira especialista trouxe uma contribuição valiosa, reforçando a importância de oferecer o melhor cuidado possível aos pacientes renais afetados, por meio da compreensão e aplicação adequada dos diferentes tipos de dialisadores e seus tamanhos.

Confira os principais tópicos da palestra, que certamente enriquecerão a prática clínica e proporcionarão um melhor atendimento aos pacientes renais.

Os dialisadores

Os dialisadores também são conhecidos por filtro ou capilar e compostos por uma membrana semi-permeável, biocompatível, que permite a passagem de toxinas e água do sangue da pessoa com doença renal para a solução de diálise.

Dessa forma, as características do filtro estão diretamente ligadas à qualidade da terapia oferecida aos pacientes renais que necessitam de Terapia Renal Substitutiva.

O desenvolvimento e produção dos dialisadores envolve altíssimo controle de qualidade e tecnologias modernas.

Atualmente existe uma diversidade de dialisadores no mercado brasileiro de Nefrologia e no momento de escolher o dialisador para sua clínica é indispensável estar atento aos seguintes critérios no dialisador:

  • Ter registro na ANVISA
  • Possuir membrana biocompatível
  • Observar características do Dialisador: tipo de esterilização, área de superfície, tipo de poros, se é recomendado para reuso
  • Direcionar para a necessidade clínica do paciente, peso e idade
  • Direcionar para a modalidade dialítica: HD ou HDF
  • Avaliar o Custo

Na prática diária, além destes critérios, um ponto de atenção é sobre o tipo de dialisador que será utilizado para o paciente. Vamos conhecer cada um deles?

Tipos de dialisadores: qual o ideal para cada tipo de paciente?

Os tipos de dialisadores são os de alto fluxo, médio fluxo e baixo fluxo. Essa divisão está relacionada à capacidade de remover substâncias tóxicas do sangue e de permitir a transferência de fluidos entre o sangue e o líquido de diálise.

O ideal é que o serviço de diálise tenha os três tipos de dialisador, e assim ter liberdade de escolher qual atenderá melhor às necessidades individuais de cada paciente.

Para facilitar sua escolha, segue abaixo as principais indicações para cada tipo de dialisador.

Dialisadores de Baixo Fluxo

Também conhecidos como dialisadores de fluxo convencional, são os mais antigos e tradicionais.

Ele desempenha um papel fundamental na remoção de substâncias tóxicas de médio peso molecular e no controle do excesso de líquido, que se acumula no sangue e nos tecidos do corpo devido à falência renal.

Possui uma membrana densa, com distribuição uniforme de poros com mais alto desempenho disponíveis atualmente no mercado mundial, desta forma é eficiente na remoção das moléculas tóxicas, como Ureia, Creatinina e potássio.

O Dialisadores Allmed tem a tecnologia de micro-ondulação facilitando a difusão, já que este é o principal mecanismo através do qual os solutos são removidos.

Este tipo de dialisador é indicado para:

  • Pacientes crônicos estáveis que ainda urinam, ou seja, tem Função Renal Residual (FRR)
  • Pacientes com Intolerância a fluxos sanguíneos mais altos
  • Pacientes que necessitam de diálise mais suave, por exemplo, pacientes frágeis, idosos, pessoas com múltiplas comorbidades ou instabilidade cardiovascular
  • Pacientes em Terapias domiciliares ou intra-hospitalares: devido à qualidade do tratamento de água.

Dialisadores de Médio Fluxo

Os dialisadores de médio fluxo são intermediários, possuem poros moderados e eficiência comprovada em terapias renais de média e alta performance.

Permite um fluxo de sangue maior e uma melhor remoção de toxinas, sendo que removem eficientemente tanto as moléculas pequenas como as médias moléculas tóxicas, como beta-2-microglobulina, inulina.

Com relação ao coeficiente de ultrafiltração, os dialisadores médio fluxo permitem uma taxa moderada de remoção de líquido da circulação sanguínea durante a diálise.

Indicações para o dialisador Médio fluxo

  • Hemodiálise de pacientes crônicos que não urinam (sem FRR)
  • casos de intoxicação ou envenenamento
  • Prevenção do acúmulo de beta-2-microglobulina em pacientes crônicos
  • Melhora do estado inflamatório

Dialisadores de Alto Fluxo

Seu diferencial é a eficiência na remoção de toxinas de alto peso molecular, inclusive substâncias inflamatórias. Realiza uma remoção eficiente de toxinas de todos os tamanhos e também remove compostos como metabólitos, eletrólitos e medicamentos.

Dialisadores de alto fluxo possuem um coeficiente de ultrafiltração elevado e são capazes de remover uma quantidade maior de líquido da circulação sanguínea durante a terapia de diálise.

Permitem clearances difusivos e convectivos, ou seja, podem ser usados na HD ou na HDF.

Indicações de dialisador alto fluxo:

  • Pacientes em Hemodiafiltração (HDF)
  • Pacientes com acesso vascular que permita alto fluxo sanguíneo (350 a 450 ml/min)
  • Pacientes com altos níveis de toxinas no sangue: insuficiência renal aguda grave, intoxicação ou overdose de substâncias químicas
  • Pacientes com alto catabolismo: doenças inflamatórias crônicas, infecções graves ou câncer avançado
  • Pacientes com alto acúmulo de líquidos: Pacientes com edema pulmonar, insuficiência cardíaca congestiva descompensada

Tipos de dialisadores para pacientes críticos em UTI: o que deve ser levado em conta?

Pacientes críticos em Unidades de Terapia intensiva (UTI), apresentam uma carga maior de toxinas e resíduos metabólicos no sangue, bem como um desequilíbrio hidroeletrolítico, por essa razão requerem uma diálise de alta eficiência.

Um desafio para realizar uma diálise de alta qualidade nas UTIs é o controle de qualidade na água utilizada para as terapias.

Os hospitais não dispõem de uma estação de tratamento de água como os serviços de diálise e para realizar as terapias nos pacientes críticos são utilizados equipamentos de Osmose portátil.

Desse modo, é necessário um controle rigoroso da qualidade desta água para evitar a presença de endotoxinas ou microorganismos que possam comprometer o quadro clínico do paciente.

Podemos considerar que os dialisadores de alto e médio fluxo seriam recomendados para os pacientes críticos devido a maior capacidade de depuração de toxinas e retirada de grandes volumes.

Contudo, os dialisadores de alto fluxo e médio fluxo, que possuem poros maiores em suas membranas, podem permitir a passagem dessas moléculas de endotoxinas caso o tratamento de água não esteja adequado.

Já os dialisadores de baixo fluxo tem poros menores, o que favorece a retenção das endotoxinas (moléculas grandes).

Outro ponto é a possibilidade de realizar a terapia com fluxos mais baixos de sangue (250 a 300ml/min). Como a retirada de líquidos é mais lenta, este dialisador minimiza alterações hemodinâmicas em pacientes com instabilidade hemodinâmica grave.

Leia também:Osmose reversa: por que a qualidade da água é essencial para o sucesso da hemodiálise?

Conclusão

Independente do paciente ser crônico ou um paciente crítico, a escolha dos tipos de dialisadores para a pessoa que necessita de terapia dialítica deve ser personalizada.

Avalie a necessidade clínica, características do paciente, recursos disponíveis, bem como as exigências de qualidade da ANVISA.

Lembre que os dialisadores são os rins para nossos pacientes, escolha com amor!

Por Valquiria Greco ArenasInstituto Valquiria Arenas

 

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Leia também: Allmed Pronefro Brasil completa 21 anos de história

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