Transplante renal e imunossupressores: o que há de novo?

Transplante renal e imunossupressores o que há de novo

Falar em transplante renal e imunossupressores é abrir espaço para discussões importantes, que abordam o tratamento do portador da doença renal crônica (DRC), em estágio terminal (estágio 5). 

Um dos temas que mais chama a atenção, não só de médicos e profissionais da área de nefrologia, mas principalmente de pacientes renais, são os avanços e inovações na medicina relacionados ao transplante renal e aos imunossupressores. 

Afinal, isso pode significar novas possibilidades que levam esperança para quem já passou pelo transplante de rins ou está esperando pelo tão sonhado momento de receber um novo órgão. 

Neste artigo, vamos levantar questões relacionadas sobre quais são esses avanços e inovações, que podem oferecer chances maiores de sucesso no procedimento.  

 

Transplante renal e imunossupressores: quais os avanços e inovações nessa área? 

O transplante renal e imunossupressores são consideradas as alternativas de tratamento mais completas que oferecem maiores vantagens para o portador da DRC, em estágio avançado. 

No entanto, entre os muitos desafios que o paciente precisa enfrentar, um dos principais é a rejeição do órgão transplantado.  

Para evitar isso,  após o transplante – um dos momentos mais esperados pelo paciente renal – o uso de imunossupressores será essencial para prevenir essa rejeição. 

Contudo, alcançar um equilíbrio entre a eficácia e os efeitos colaterais exige um avanço constante nesse tratamento.  

Antes de sabermos quais são essas inovações promissoras, vamos conhecer um pouco mais sobre o transplante renal e os imunossupressores. 

 

Transplante renal e imunossupressores

O transplante renal é a oportunidade de maior sobrevida para o portador de DRC 

Quando as condições renais ficam gravemente comprometidas, devido ao estágio avançado da DRC, o transplante de rim é uma alternativa mais eficaz do que a diálise. 

Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) “O transplante renal é considerado a mais completa alternativa de substituição da função renal”. 

Ele é um procedimento cirúrgico, através do qual o paciente recebe um rim saudável, que pode ser de um doador vivo ou falecido. 

Desse modo, o novo rim é implantado no paciente e, assim, passa a executar as funções do rim doente. Assim, se comparado à diálise, o transplante renal proporciona melhor qualidade de vida e sobrevida ao paciente.  

Vale ressaltar que o rim doente permanece no mesmo lugar. Ele só será removido caso esteja causando infecção ou hipertensão no transplantado. 

Leia também – Paciente transplantado renal crônico: cuidados e tratamentos pós-transplante. 

 

Paciente transplantado renal crônico cuidados e tratamento

Qual a função dos imunossupressores no transplante renal? 

Os imunossupressores são medicamentos extremamente importantes para um transplantado renal, uma vez que o sucesso do procedimento depende de evitar a rejeição do órgão transplantado. 

A rejeição é uma das principais causas da perda de um órgão transplantado. O fato de muitos pacientes não aderirem à terapia com imunossupressores é considerada uma das principais causas de comprometimento e perda do enxerto. 

Estes medicamentos atuam no sistema imunológico do paciente, impedindo que ele ataque o órgão transplantado, considerado um “invasor”. 

Os principais imunossupressores utilizados após um transplante, são: 

  • Ciclosporina; 
  • Prednisona; 
  • Tacrolimos; 
  • Micofenolato Mofetil; 
  • Rapamicina. 

Quais as novidades da medicina quanto ao transplante renal e imunossupressores? 

Considerado uma grande conquista da medicina moderna, o transplante renal ainda continua sendo um desafio imenso, principalmente, na busca por soluções relacionadas ao controle da rejeição do órgão. 

Neste contexto, a nefrologia tem evoluído ao longo das últimas décadas, e alguns avanços importantes estão sendo alcançados no Brasil, acompanhando um cenário mundial. 

Então, vamos conhecer alguns dos avanços e inovações que podem melhorar os resultados clínicos e a qualidade de vida do paciente transplantado? 

Aprovação do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Imunossupressão em Transplante Renal 

Aprovado através da Portaria Conjunta N° 1, de 05 de janeiro de 2021, o protocolo foi criado a partir da “necessidade de se atualizarem parâmetros sobre imunossupressão em transplante renal no Brasil e diretrizes nacionais para diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos indivíduos nesta condição”. 

Um dos importantes critérios que o documento estabelece encontra-se no artigo 2°, que fala sobre a obrigatoriedade do paciente, ou de seu responsável legal, ser informado sobre os riscos e efeitos colaterais relacionados ao transplante renal e ao uso dos imunossupressores. 

Isso permite que a pessoa decida se quer ou não se submeter aos procedimentos. 

Monitoramento remoto do paciente 

Com o avanço tecnológico, o paciente transplantado pode ser monitorado em tempo real, através de aplicativos de celular. 

Dessa forma, uma equipe médica pode monitorar sintomas e reações do transplantado, como dor, falta de ar, náuseas e vômitos, além dos sinais vitais. Isso permite que os profissionais de saúde possam tomar providências diante de qualquer suspeita de problemas.  

Intervenções cirúrgicas minimamente invasivas 

Um recente artigo publicado pelo Brazilian Journal mostra que “Novas tecnologias e técnicas cirúrgicas têm sido desenvolvidas para melhorar as taxas de sucesso e otimizar o prognóstico dos pacientes submetidos ao transplante renal”. 

Como avanços cirúrgicos temos a laparoscopia e a cirurgia robótica. Estes são procedimentos minimamente invasivos que oferecem excelentes benefícios, como menos risco de complicações pós-operatórias e uma recuperação mais rápida. 

Avanços nos medicamentos imunossupressores 

Os imunossupressores são as principais medicações que o paciente precisa utilizar, após o procedimento cirúrgico do transplante renal. 

Atualmente, as novas terapias com imunossupressores têm se mostrado fundamentais na prevenção à rejeição do órgão transplantado. 

Segundo o artigo Transplante renal: avanços na imunossupressão – publicado pelo Brazilian Journal – a evolução em pesquisas no uso dos imunossupressores permite “uma compreensão mais profunda dos mecanismos imunológicos envolvidos na rejeição do enxerto e na tolerância imunológica”. 

Essa compreensão, diz o artigo, está levando à “identificação de novos alvos terapêuticos e à criação de agentes imunossupressores mais específicos e eficazes”. 

Neste contexto, confira quais os avanços mais recentes na terapia com imunossupressores para o transplante renal e como podem impactar a prática clínica: 

  • Medicamentos biológicos 

Os medicamentos biológicos e as terapias direcionadas são avanços promissores no campo da imunossupressão. Produzidos a partir de organismos vivos – ou seja, moléculas biológicas, como proteínas, anticorpos ou fragmentos de DNA, os medicamentos biológicos são projetados para atuar diretamente no sistema imunológico.  

Diferente dos imunossupressores tradicionais, os medicamentos biológicos visam moléculas específicas da imunidade do paciente.  

O Tocilizumab (TCZ) – um anticorpo monoclonal direcionado ao IL- 6R – é um exemplo de medicamento biológico promissor. Inclusive, estudos mostram que o TCZ tem apresentado uma maior eficácia comprovada. No entanto, ainda existe a necessidade de maiores estudos sobre esse medicamento. 

 

  • Terapias direcionadas 

As terapias direcionadas também estão alcançando bons resultados, quando falamos em reduzir os impactos dos efeitos colaterais relacionados aos imunossupressores.  

Pesquisas recentes mostram que estas terapias têm como uma de suas grandes vantagens, a “capacidade de personalizar o tratamento com base no perfil imunológico e de risco do paciente”. 

Desse modo, pacientes que apresentam respostas imunológicas diferentes podem ser atendidos com terapias personalizadas para o seu caso. Isso favorece com que a terapia seja otimizada e os riscos reduzidos. 

Transplante renal: o que esperar para o futuro? 

Apesar dos largos passos que o avanço e as inovações no transplante renal e imunossupressores têm dado, resultados definitivos ainda são para o longo prazo. 

Apesar disso, já oferecem esperança de um futuro em que não existirá a preocupação com a rejeição do órgão. 

Assim, a redução no uso dos imunossupressores – ou até a sua retirada total – é uma possibilidade com grande potencial de ser alcançada ao longo dos próximos anos. 

Porém, ainda são muitos os desafios que estes avanços e inovações terão que enfrentar no transplante renal.  

Entre estes desafios podemos citar os altos custos e a necessidade de mais pesquisas e estudos que validem o resultado destas terapias. 

O fato é que, é promissor o cenário que envolve o transplante renal e imunossupressores.  

Isso porque, já temos resultados clínicos positivos e perspectivas de longo prazo, entregando esperança para o paciente renal em estágio avançado. 

 

 

Allmed Pronefro: uma visão positiva para o futuro 

O transplante renal é um assunto extremamente importante, tanto para quem é paciente renal à espera de um transplante como para os profissionais da saúde que atuam nessa área. 

Neste artigo, mostramos os principais aspectos desse tratamento, voltado principalmente para o portador da doença renal crônica (DRC), em estágio terminal. 

Qual o objetivo da Allmed Pronefro em abordar um assunto tão importante? Porque a empresa tem uma visão positiva para o futuro do transplante renal e uso seguro dos imunossupressores. 

Então, a Allmed deseja transmitir essa esperança aos pacientes renais que ainda aguardam por um transplante.

Por outro lado, a empresa investe em pesquisas e estudos que visam beneficiar os pacientes em diálise, garantindo a importância da segurança, conforto e qualidade de vida que eles precisam durante o tratamento.

Esses valores estão presentes em nossos produtos como o  dialisador Allmed, que acompanha o dia a dia de quem realiza hemodiálise.

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