Diálise beira-leito: cuidados essenciais para a segurança no procedimento

Diálise beira-leito: cuidados essenciais para a segurança no procedimento

A diálise beira-leito é uma intervenção especializada que atende pacientes renais crônicos internados em unidades de terapia intensiva (UTIs) ou em enfermarias clínicas. 

Esse tipo de atendimento exige da equipe médica e de enfermagem um alto conhecimento técnico para evitar que eventos adversos ocorram. 

Vale ressaltar que esse procedimento envolve algumas questões relevantes, como os riscos, os cuidados necessários com o paciente renal, o dialisador capilar mais adequado e o controle da qualidade da água. 

Neste artigo, exploraremos os aspectos essenciais para realizar a diálise beira-leito em condições ideais, garantindo a segurança e a eficácia do tratamento para pacientes renais internados. Confira! 

 

Diálise beira-leito: entendo o procedimento  

A diálise beira-leito, também chamada de contínua, é um procedimento bastante comum, mas, ao mesmo tempo, muito complexo.   

Esse tipo de atendimento é necessário, quando o paciente renal — durante internação em UTIs ou outras unidades hospitalares — não apresenta condições clínicas de remoção para atendimento externo da hemodiálise. 

Dessa forma, a diálise beira-leito é indicada para pacientes com: 

  • Insuficiência renal aguda: causada por diversas condições, como choque, nefrotoxicidade por medicamentos, obstrução urinária e doenças glomerulares. 
  • Insuficiência renal crônica: pacientes com doença renal crônica em estágio avançado que apresentam agravamento do seu estado clínico.

Diferente da hemodiálise convencional, realizada em centros especializados, a diálise beira-leito pode ser feita no leito do paciente. 

No entanto, a diálise feita durante o internamento hospitalar é um desafio, que requer alguns cuidados importantes. 

 

 

 

Quais os riscos da diálise beira-leito? 

Assim como a diálise convencional – realizada nas clínicas e hospitais especializados – a diálise beira-leito também oferece riscos de eventos adversos (EA) que comprometem a segurança do paciente. 

Incidentes durante a hemodiálise podem causar sérios danos ao paciente, como lesões, incapacidade e até o levar ao óbito. E com a hemodiálise beira-leito não é diferente. 

Um dos riscos mais frequentes – além das infecções – são a hipotensão arterial sistêmica. Além disso, estudos mostram que a diálise à beira leito possui alta prevalência de EA.  

Mas, em primeiro lugar, vamos entender como é feito, exatamente, esse procedimento. 

 

Como é feita a diálise beira-leito? 

Na maioria dos casos, os pacientes renais crônicos internados em UTIs, encontram-se em um estado de saúde mais crítico, apresentando uma carga maior de toxinas e resíduos metabólicos no sangue – bem como um desequilíbrio hidroeletrolítico – por essa razão, requerem uma diálise de alta eficiência e segurança. 

Em primeiro lugar, para que a diálise beira-leito seja realizada, é imprescindível contar com uma equipe de médicos e enfermeiros especializados na assistência específica a esses pacientes.  

O artigo Cuidados de enfermagem com pacientes em tratamento hemodialítico à beira-leito ressalta a importância desses profissionais, pois “a experiência é um elemento facilitador para a efetividade do cuidado para com pacientes em hemodiálise à beira-leito”.  

Então, para o procedimento ser feito em unidades intra-hospitalares, é utilizado um equipamento de osmose reversa portátil e uma máquina de diálise, que vai executar a mesma função que um método convencional de hemodiálise.  

Assim, o paciente renal que se encontra internado passará por todo o processo de filtração e limpeza do sangue, adaptado ao ambiente intra-hospitalar. 

Como parte do procedimento, a máquina de hemodiálise será ligada a um aparelho de osmose portátil direcionado às enfermarias e UTIs onde é ligada à distribuição de água do hospital. 

Aliás, a qualidade da água é um fator de extrema importância na hemodiálise beira-leito. Vamos entender melhor? 

 

Qual a importância da qualidade da água usada na diálise beira-leito? 

O controle de qualidade da água utilizada para a terapia é um dos maiores desafios para realizar uma diálise de alta qualidade nas UTIs. 

Isso porque, a água é um elemento de extrema importância nesse processo, sendo fundamental que seja de qualidade, o que pode evitar maiores riscos para o paciente renal, pois qualquer contaminante presente na água pode causar sérias complicações, como infecções, reações alérgicas e até mesmo a morte. 

No entanto, os hospitais não possuem uma estação de tratamento de água como os serviços de diálise, dificultando a realização segura da hemodiálise beira-leito. 

Então, para realizar a terapia nos pacientes críticos, são utilizados equipamentos de osmose portátil. 

 

Como funciona a osmose na hemodiálise? 

Chamada de osmose reversa (OR), esse processo na hemodiálise é responsável pelo tratamento da água, considerado altamente eficiente. 

Através da osmose reversa, é feita a limpeza e manutenção da qualidade da água necessária para a terapia. 

O artigo Osmose reversa: por que a qualidade da água é essencial para o sucesso da hemodiálise?, publicado aqui no blog da Allmed, destaca que esse procedimento “é capaz de remover até 99% dos componentes orgânicos e sais dissolvidos na água”. 

Desse modo, a osmose reversa é uma forma de manter um controle rigoroso da qualidade desta água, para evitar a presença de endotoxinas ou micro-organismos que possam comprometer o quadro clínico do paciente submetido à diálise beira-leito. 

 

Como deve ser feito o controle da qualidade da água na diálise beira-leito? 

Como vimos, a qualidade da água utilizada na diálise beira-leito é um fator de extrema importância para a segurança do paciente renal. 

Por isso, é fundamental um controle rígido da água usada para a hemodiálise no paciente internado na UTI ou em uma enfermaria, pois assim é possível: 

  • Prevenir infecções: a água contaminada pode transmitir microrganismos, como bactérias e vírus, que podem causar infecções graves no paciente. 
  • Reduzir a bio incompatibilidade: impurezas contidas na água podem causar reações alérgicas ou inflamatórias no paciente, comprometendo a qualidade do tratamento. 
  • Proteger o dialisador: se a água estiver contaminada, poderá danificar o dialisador. Isso causará a redução da vida útil do equipamento e aumentará os custos da terapia. 

Para que o controle de qualidade da água utilizada na diálise beira-leito seja feito de forma eficaz, é fundamental a realização de análises microbiológicas de forma regular. São analisados os seguintes parâmetros: 

  • Condutividade: mede a quantidade de sais dissolvidos na água; 
  • pH: indica o grau de acidez ou alcalinidade da água; 
  • Cloro residual: garante a desinfecção da água; 
  • Bactérias: avalia a presença de microrganismos, como coliformes fecais; 
  • Endotoxinas: são substâncias tóxicas produzidas por bactérias gram-negativos. 

 

Qual a relação na diálise beira-leito com a escolha do dialisador? 

A escolha do tipo de dialisador mais adequado para a hemodiálise beira-leito, tem uma relação direta com a qualidade da água. Além disso, deve levar em conta a condição clínica do paciente e o tipo de diálise, entre outros fatores. 

Inclusive, a escolha do dialisador certo é essencial para a eficiência desse procedimento. A água purificada, através da osmose reversa, tem a capacidade de otimizar o funcionamento do dialisador, que pode realizar uma remoção mais eficiente de toxinas. 

Dessa forma, a escolha do dialisador – que pode ser de baixo, médio e alto fluxo – depende do desempenho das membranas de cada capilar, ou seja, a capacidade de remover substâncias tóxicas do sangue e permitir a transferência de fluidos entre o sangue e o dialisato. 

 

Dialisadores de médio e alto fluxo 

Apesar dos capilares de médio e alto fluxo serem os mais recomendados para os pacientes renais mais críticos, eles não são os mais indicados para os que estão internados em UTIs. 

Se por um lado, os dialisadores de médio e alto fluxo possuem a maior capacidade de depuração das toxinas e remoção de altos volumes de líquidos, por outro, eles possuem membranas com poros maiores, o que pode facilitar a passagem de moléculas de endotoxinas. 

Mas, isso só será possível também se a água usada na diálise beira-leito, não estiver devidamente purificada. 

Dialisador de baixo fluxo 

Estudos mostram que o dialisador de baixo fluxo retira os líquidos do organismo do paciente, de forma lenta, minimizando as alterações hemodinâmicas em pacientes, que apresentam instabilidade hemodinâmica grave. 

O capilar de baixo fluxo possibilita que a diálise beira-leito seja realizada com fluxos mais baixos de sangue, ficando em torno de 250 a 300 ml/min.  

Sendo, o dialisador de baixo fluxo o mais indicado para a diálise beira-leito em pacientes renais internados na UTIs e com um estado clínico mais grave. 

Isso se deve à capacidade desse tipo de membrana apresentar poros menores, impedindo assim a passagem de endotoxinas. 

É importante ressaltar que:
A decisão de utilizar um dialisador de baixo fluxo deve ser sempre avaliada por um médico especialista em nefrologia.

Independente do paciente ser crônico ou um paciente crítico, a escolha do dialisador para a pessoa que necessita de terapia dialítica deve ser personalizada. Avalie a necessidade clínica, características do paciente, recursos disponíveis, bem como as exigências de qualidade da ANVISA.

Lembre que os dialisadores são os rins para nossos pacientes, escolha com amor!

 

Conheça algumas das especificações do dialisador de baixo fluxo de alta performance da Allmed no vídeo abaixo:

 

 

Saiba mais em: Tipos de dialisadores: baixo, médio ou alto fluxo? Entenda a diferença!

Allmed Pronefro e a diálise beira-leito: a qualidade e a segurança no tratamento em primeiro lugar 

A diálise beira-leito é uma forma de atender o paciente renal que se encontra em um estado crítico de saúde, e por isso, está internado em uma UTI. 

Entre os principais critérios para que este procedimento seja de qualidade e total segurança para os pacientes, estão a qualidade da água e a escolha correta do dialisador. 

Desse modo, a Allmed Pronefro enfatiza a importância da informação correta para a escolha do capilar mais indicado para esse procedimento, pois temos como prioridade, a segurança do paciente e o êxito na terapia. 

A Allmed atua na fabricação e distribuição de produtos para hemodiálise, com uma linha completa de áreas de dialisadores capilares e linhas de sangue para terapias em pacientes renais. Reconhecida como líder de mercado quando o assunto é qualidade de vida e segurança do paciente renal. 

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Allmed por uma hemodiálise mais saudável. 

 

Conteúdo produzido por Allmed Pronefro Brasil. 

 

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