Paciente renal e a DRC: a importância do diagnóstico precoce e terapias substitutivas

Paciente renal e a DRC a importância do diagnóstico precoce

O paciente renal e a DRC são dois personagens de um grave problema de saúde pública, não só no Brasil, mas também no mundo.

Dados do Ministério da Saúde mostram que mais de dez milhões de pessoas são portadores da Doença Renal Crônica (DRC) no Brasil. E segundo um artigo publicado pela Revista Scielo, entre os anos de 2009 e 2020, “foram registrados 81.034 óbitos por DRC no Brasil”.

Diante desse cenário, os órgãos de saúde alertam para a importância do diagnóstico precoce, para evitar a progressão da doença.

Isso porque a DRC pode levar o paciente renal a ser submetido às terapias substitutivas, pois elas acabam sendo a única forma de preservar a vida do portador da doença, até que seja possível um transplante.

Desse modo, entender sua condição é o primeiro passo para o paciente enfrentar a doença renal.

Neste post, você vai entender como o diagnóstico precoce e a conscientização permitem que os pacientes assumam um papel ativo em seu tratamento e melhorem a sua qualidade de vida. 

Paciente renal e a DRC: do diagnóstico ao desafio de conhecer a doença.

A jornada do paciente renal e a DRC tem início com o diagnóstico da doença. A partir daí, para que ele possa entender os desafios que irá enfrentar, é preciso conhecer essa patologia.

Existem diversos tipos de doenças renais, sendo que a DRC é a mais grave, por comprometer totalmente o funcionamento dos rins.

Em primeiro lugar, vamos entender o que é a doença renal, uma condição que afeta as funções executadas pelos rins, órgãos essenciais para o funcionamento do organismo. 

Os rins são responsáveis por desempenhar diversas funções para manter o bom funcionamento do corpo, como:

  • Limpeza de toxinas;
  • Eliminação do excesso de líquidos;
  • Filtragem de impurezas do sangue;
  • Equilibrar a pressão arterial e a produção de hormônios.

Existem diferentes modalidades de doença renal. A forma como os rins são afetados é o que irá diferenciar cada uma. Vamos conhecer algumas delas:

  • Nefrite

 A Nefrite é uma inflamação dos rins que tem como principais causas as  infecções, o uso contínuo de alguns tipos de medicamentos, doenças autoimunes, entre outros fatores.

 

  • Cálculos renais ou pedras nos rins

Essa é uma doença renal em que ocorre a formação de cristais nos rins, que se agrupam e formam pedras.  As pedras nos rins podem causar fortes dores e possíveis complicações. 

 

  • Doença renal policística

Esse tipo da doença é marcado pelo aparecimento de cistos cheios de líquidos nos rins, que afetam a sua função com o passar do tempo. Essa condição pode ser hereditária.

Não existe cura para a doença renal policística. Nos casos mais graves, onde o tratamento para controlar os sintomas e a pressão arterial não surte mais efeito, o indicado será a diálise ou transplante renal.

 

  • Insuficiência renal aguda (IRA)

A insuficiência renal aguda é caracterizada por um estado repentino e temporário, em que os rins perdem a capacidade de funcionar normalmente. Uma das causas da IRA é a exposição a medicações nefrotóxicas, como alguns antibióticos.

Doença Renal Crônica (DRC): entenda o tipo mais grave da patologia

Também chamada de Insuficiência renal crônica (IRC), é o tipo mais grave da doença.  Nesse estágio, ocorre a perda progressiva e irreversível da função renal ao longo do tempo. 

Segundo o Jornal Brasileiro de Nefrologia, na fase mais avançada da DRC, que também é chamada de fase terminal de insuficiência renal crônica-IRC, “os rins não conseguem mais manter a normalidade do meio interno do paciente”.

Quais são as principais causas da DRC?

Os principais fatores de risco da doença renal crônica são:

  • Diabete mellitus;
  • Hipertensão arterial;
  • Glomerulonefrite crônica;
  • Doenças autoimunes;
  • Portadores de obesidade;
  • Histórico de DRC na família

 

Outros fatores que também podem causar a DRC são aqueles relacionados ao estilo de vida, como o tabagismo, o consumo excessivo de álcool e a falta de ingestão de água.

Além disso, o uso contínuo de certos medicamentos – como os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) e alguns antibióticos – pode afetar a função renal.

Vale destacar que a doença renal é silenciosa em sua fase inicial, ou seja, não manifesta sintomas, representando um desafio para o diagnóstico precoce. 

Além disso, fatores de risco como histórico familiar de doença renal e a idade mais avançada elevam o risco de desenvolver essa condição.

Diagnóstico precoce: principais alertas para detectar a doença renal crônica

Como já mencionamos antes, a doença renal crônica em sua fase inicial pode ser assintomática. Desse modo, é crucial a realização de exames de rotina para identificá-la. 

No entanto, à medida que a doença progride, podem surgir alguns sinais que indicam a necessidade de uma avaliação mais aprofundada. 

Os alertas mais frequentes estão relacionados a alterações na frequência urinária, mudança na cor da urina, dificuldades para urinar, inchaço, perda de apetite, cansaço, coceira persistente, náuseas e vômitos, dentre outros. 

É importante ressaltar que esses sintomas podem ser causados por várias condições médicas e a presença de um ou mais deles não confirma necessariamente a presença de doença renal.  

Sendo assim, é fundamental que, ao surgirem os primeiros sintomas, você procure um médico. Isso porque, como já ressaltamos, o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso no tratamento da doença.

Quais os exames para diagnosticar a DRC?

Para identificar a doença renal, o seu médico deverá solicitar um exame detalhado que inclui avaliação do histórico de saúde do paciente, uma análise física completa, testes sanguíneos e técnicas de imagem. 

Dentre os métodos mais tradicionais estão: exames para verificar a determinação de nitrogênio uréico no sangue, análise de eletrólitos, testes de urina, ultrassonografia renal, tomografia computadorizada (TC),  ressonância magnética (RM) e biópsia renal. 

O processo de diagnóstico da doença renal é gradual, levando em conta os resultados dos exames em combinação com o histórico clínico do paciente.

Paciente renal e a DRC

 

Quais os estágios da doença renal?

O avanço da Doença Renal Crônica (DRC) é comumente categorizado em fases, utilizando-se a taxa de filtração glomerular (TFG) como parâmetro, que serve para avaliar a eficácia da função dos rins. 

Esta categorização facilita na administração do tratamento e na previsão do avanço da enfermidade. 

A divisão mais aceita é a que segue o modelo de classificação sugerido pela Fundação Nacional do Rim, conhecido como Fases da Insuficiência Renal Crônica (IRC), confira a seguir:

 

Fase 1 – Dano Renal com Função Glomerular Preservada (TFG ≥ 90 mL/min)

Nesta fase, observa-se dano aos rins, embora a capacidade renal permaneça normal.

 

Fase 2 – Dano Renal com Diminuição Leve da Função Glomerular (TFG 60-89 mL/min)

Aqui há um declínio leve na capacidade renal, frequentemente sem sintomas evidentes.

 

Fase 3 – Redução Moderada da Função Glomerular (TFG 30-59 mL/min)

A redução da capacidade renal nesse estágio pode levar a sintomas e problemas adicionais, como anemia e alterações eletrolíticas.

 

Fase 4 – Redução Grave da Função Glomerular (TFG 15-29 mL/min)

Nesta fase ocorre uma diminuição acentuada na capacidade renal, elevando o risco de complicações sérias. 

Os pacientes, nesta fase, podem necessitar de medidas de tratamento mais intensivas, incluindo a diálise.

 

Fase 5 – Insuficiência Renal (TFG < 15 mL/min) 

Também referida como estágio final da doença renal, nesta fase os rins estão bastante comprometidos em suas funções. 

A maioria dos indivíduos com IRC na fase 5 precisa da terapia renal substitutiva (TRS) ou de um transplante renal, para substituir as funções renais.

Destacamos que a evolução da insuficiência renal pode ser diferente para cada pessoa. O diagnóstico precoce da condição pode contribuir para desacelerar seu progresso e melhorar as possibilidades de tratamento. 

 

Paciente renal e DRC: quais os tipos de tratamentos da doença?

Para pacientes com DRC avançada, as principais opções de tratamento são as Terapias Renais Substitutivas (TRS) – a Diálise – e o transplante renal.   

 

Diálise

A diálise é uma terapia que ajuda a remover resíduos, excesso de líquidos e eletrólitos do organismo do paciente renal. 

Esse é um tratamento contínuo, que requer um investimento significativo de tempo e pode ter alguns efeitos colaterais. Existem dois tipos principais de diálise:   

Hemodiálise

Neste procedimento, o sangue do paciente é coletado e filtrado fora do corpo por meio de uma máquina com o uso de um dispositivo chamado dialisador,  conhecido também como “rim artificial”, antes de ser devolvido ao corpo.

A hemodiálise, geralmente, é realizada em uma clínica especializada, durante 4 horas por dia, três vezes por semana.

No artigo Hemodiálise: saiba como funciona o tratamento! você pode entender melhor como esse procedimento é realizado.

Hemodiálise saiba como funciona o tratamento

Conheça também a HDF uma terapia de um estilo de terapia renal que consiste no uso de um dialisador específico projetado para proporcionar filtragens de alto volume.

 

Diálise peritoneal 

Neste método, o dialisador é introduzido na cavidade abdominal do paciente através de um cateter e o processo de troca de fluidos ocorre no corpo do paciente. 

Esse tipo de diálise pode ser feita em casa, proporcionando maior flexibilidade. 

Transplante renal

Considerado o tratamento mais eficaz para a DRC em estágio terminal, o transplante renal envolve a substituição do rim doente do paciente por um rim saudável de um doador.

O transplante renal proporciona uma melhoria significativa na qualidade de vida e longevidade do paciente, em comparação aos outros tratamentos. 

É importante observar que a diálise e o transplante renal têm, cada um, suas  vantagens e desvantagens. 

A escolha entre estas opções dependerá de vários fatores, incluindo saúde geral do paciente, idade, preferências pessoais e disponibilidade de doadores.

No artigo abaixo você encontra mais informações sobre esse tema.Clique na imagem.

Quais os cuidados que um paciente transplantado renal deve ter

 

Principais desafios que o paciente renal enfrenta

O paciente renal enfrenta muitos desafios físicos, emocionais e práticos após o diagnóstico da DRC. 

Alguns dos principais desafios  são lidar com as restrições dietéticas, com os tratamentos invasivos e com as restrições de líquidos, entre outros. 

Além disso, existem os impactos emocionais no qual os pacientes podem ser acometidos por estresse, depressão e ansiedade em relação às incertezas do futuro.

Nesse sentido, contar com os cuidados de uma equipe multidisciplinar, incluindo psicólogos, assistentes sociais e nutricionistas, é fundamental para fornecer suporte ao paciente renal. 

Contar com a família, os amigos e os grupos de apoio é fundamental no enfrentamento da doença. 

 

Organizações e grupos de apoio ao paciente renal

No Brasil, existem organizações e grupos de apoio que auxiliam os pacientes a enfrentarem a doença renal. 

Essas instituições realizam um importante trabalho social junto aos pacientes renais, através da assistência médica, psicológica,preventiva e de luta pelos seus direitos.

Conheça as principais organizações de apoio ao paciente renal:

 

  • Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN)

A SBN é uma entidade médica que reúne nefrologistas no Brasil. Eles oferecem informações sobre doenças renais, tratamentos e eventos relacionados à nefrologia. O site da SBN (https://www.sbn.org.br/)

 

  • Associação Brasileira dos Renais Crônicos e Transplantados (ABRATO)

A ABRATO é uma organização que visa promover o bem-estar e os direitos dos pacientes renais crônicos e transplantados. O site da ABRATO (http://www.abrato.org.br/

 

  • Instituto Brasileiro de Controle do Câncer Renal (IBCCR)

O IBCCR é uma organização dedicada à conscientização, prevenção e apoio a pacientes com câncer renal, que pode ser uma complicação associada à doença renal. O site (https://ibccr.org.br/

 

  • Portal Saúde Baseada em Evidências – Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde disponibiliza o Portal Saúde Baseada em Evidências, que oferece informações e orientações sobre diversas condições de saúde, incluindo doenças renais. 

O portal pode ser acessado em https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/doencas-renais.

Lembramos que ao buscar suporte e informações, os pacientes devem procurar por organizações e grupos reconhecidos. 

O apoio emocional é fundamental durante todo o tratamento. Por isso, não hesite em compartilhar suas emoções com seus entes queridos, amigos e profissionais de saúde. 

Allmed Pronefro: onde o paciente renal vem em primeiro lugar

Neste artigo, mostramos que o paciente renal e a DRC se encontram a partir do momento em que é feito um diagnóstico da doença.

Por outro lado, ressaltamos a importância de um diagnóstico precoce e das terapias substitutivas no tratamento do paciente renal crônico.

Afinal, isso irá influenciar na maior qualidade de vida do paciente renal. 

Pensando nisso, a Allmed Pronefro tem o compromisso de entregar informação de qualidade para o portador da DRC, familiares e profissionais da saúde, que estão envolvidos no tratamento desse paciente.

O paciente renal é prioridade para a Allmed, empresa subsidiária da Allmed Group, que fabrica e distribui produtos utilizados no tratamento de diálise, sendo o principal deles o dialisador Allmed.

Dessa forma, a empresa está presente no dia a dia do paciente renal, sempre que ele é atendido em uma das diversas clínicas ou hospitais especializados em nefrologia, onde o dialisador Allmed pode ser encontrado.

O principal objetivo da Allmed Pronefro é entregar valor, qualidade de vida e segurança através dos produtos e equipamentos que levam segurança ao tratamento do paciente renal.

 

Quer conhecer melhor a Allmed Pronefro? Entre em contato com  nossos consultores. 

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